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Demagogia eleitoral | Enquanto libera, Bolsonaro propõe diminuição do FGTS. Reajuste salarial igual a inflação já!

Parte dos trabalhadores estão sentindo um alívio diante da crise com a liberação do saque aniversário do FGTS. Mas a realidade é que Bolsonaro faz demagogia, enquanto propõe diminuir o FGTS. Contra a crise, Bolsonaro, Congresso, STF e militares: revogação integral da reforma trabalhista e reajuste salarial mensal igual à inflação!

sábado 14 de maio de 2022 | Edição do dia

Foto: Evaristo SA (AFP)

Para um trabalhador que destina todo o seu pequeno salário ao aluguel, às contas e às despesas, diante do brutal aumento dos preços dos alimentos e dos combustíveis, a liberação do saque do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) pode significar um alívio.

Por outro lado, junto dessa liberação do FGTS o governo estuda uma ampla flexibilização nas regras do FGTS, sob a justificativa de reduzir o custo dos empregadores na contratação.

Em três MPs (medidas provisórias), segundo a Folha de S. Paulo, o Ministério da Economia propõe cortar a alíquota de contribuição que as empresas recolhem sobre o salário dos trabalhadores, de 8% para 2%, e reduzir a multa paga em caso de demissão sem justa causa, de 40% para 20%. O revoltante texto que se repete nas três MPs é: "a proposta de redução das alíquotas das contribuições dos serviços sociais autônomos não apenas reduzirá o custo da contratação de trabalhadores, como também contribuirá com a geração de novos empregos".

A resultante será maior rotatividade no trabalho e imposição de que os trabalhadores terão que se submeter a trabalhos mais precários e pior remunerados. De fundo, é o aprofundamento da Reforma Trabalhista, aprovada no governo golpista de Temer. Esse é o futuro preparado por Bolsonaro, Paulo Guedes e Congresso, enquanto que no imediato, para objetivos demagógicos eleitorais, faz piada com o alívio no bolso daqueles que sacarem parte de seu FGTS.

Veja também: Bolsonaro prepara novo ataque aos direitos trabalhistas a fim de legalizar a "uberização"

Nesse momento, Bolsonaro trabalha com uma via de mão dupla de demagogia com os trabalhadores e a tentativa de reforçar a confiança do empresariado e do mercado financeiro para as eleições deste ano. Está preocupado com "honrar seus compromissos" com banqueiros e empresários, enquanto lança miséria sobre a classe trabalhadora

Por isso, é urgente a redução imediata dos preços dos alimentos e dos combustíveis e batalhar pela revogação integral da reforma trabalhista e pelo reajuste salarial mensal igual à inflação. E ligado a isso, também batalhar pelo não pagamento da dívida pública, que consumiu mais de R$1 trilhão, um roubo de nossos recursos para encher os bolsos de banqueiros, enquanto nós, trabalhadores, setores oprimidos e povo pobre, pagamos com a baixa nos nossos salários e ataques à saúde e educação.

Confira: Entenda por que não pagar a dívida pública em 8 pontos

Nesse sentido, não podemos confiar nas saídas apresentadas pela conciliação petista, que hoje toma forma na chapa Lula-Alckmin. Lula e o PT fazem demagogia também dizendo que é possível reformular a Reforma Trabalhista, sendo que na realidade, propõem regulamentar o trabalho precário, a chamada "uberização", se inspirando na reforma do Estado Espanhol, que mantém o central da precarização do trabalho, como a terceirização.

É preciso que a classe trabalhadora se organize de forma independente de todos os setores da direita, como fazem hoje o PT ao se aliar com Alckmin ou o PSOL numa federação com a REDE de Marina Silva/Itaú, para se enfrentar com esse projeto de país que precariza cada vez mais a vida de milhões de trabalhadoras e trabalhadores. Para isso, é necessário exigir que a CUT e a CTB, centrais sindicais dirigidas pelo PT e pelo PCdoB, organizem os trabalhadores junto aos setores oprimidos e o povo pobre, em cada local de trabalho, porque na realidade, não o fazem para não que a nossa organização não atrapalhem as eleições deste ano.

Contra a crise, Bolsonaro, Congresso, STF e militares: revogação integral da reforma trabalhista e reajuste salarial mensal igual à inflação! Que os capitalistas paguem pela crise!




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