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Enquanto Brasil tem 1ª vítima fatal do coronavírus, Bolsonaro fala em histeria e festa de aniversário

Em entrevista à Rádio Tupi, presidente falou que seu aniversário e da esposa vão acontecer com uma “festinha tradicional” e que o coronavírus é uma “certa histeria”.

terça-feira 17 de março de 2020 | Edição do dia

Bolsonaro, em entrevista à Rádio Tupi, deu mais uma de suas declarações anti-operárias. Enquanto trabalhadores são forçados a irem ao trabalho em condições precárias e com risco de contraírem o novo vírus, o presidente se preocupa com sua festa de aniversário e fala que covid-19 está causando “certa histeria”.

"A vida continua, não tem que ter histeria. Não é porque tem uma aglomeração de pessoas aqui e acolá esporadicamente [que] tem que ser atacado exatamente isso. [É] tirar a histeria. Agora, o que acontece? Prejudica", acrescentou o presidente.

Grande defensor do sistema de saúde privado americano e de mais privatizações, tais declarações zombam da maioria da população brasileira, que não terá acesso a saúde qualidade e leitos preparados, caso estejam infectados com a nova doença, enquanto o presidente e seus ministros e assessores podem ser tratados nos melhores hospitais.

Sob o negacionismo e verdadeiro descaso de Bolsonaro a vida dos trabalhadores, o coronavírus encontra campo aberto para sua proliferação. A saúde precarizada por anos de cortes e desmontes, como através da Lei do Teto dos Gastos, que agora impede o investimento emergencial em saúde e tem de ser imediatamente revogada, tem falta de profissionais, falta de equipamentos, e de estrutura adequada para fazer frente a esta crise.

É necessário um plano emergencial que disponibilize de milhares de leitos, testes gratuitos, distribuição em massa de máscaras com elementos filtrantes, álcool gel e luvas são medidas das mais básicas, elementares e urgentes. Outra medida urgente é que toda infraestrutura do sistema privado de saúde esteja a serviço da rede pública, com atendimento e testes gratuitos a toda a população. Além de contratar milhares de profissionais de saúde que hoje se somam às estatísticas de desempregados ou subempregados no Brasil. Colocar esse exército de profissionais que já possui diploma, mas não encontra chance de atuar, é urgente.




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