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Declaração do MRT | Enfrentar o bolsonarismo e as reformas com um plano de lutas sem a direita, a FIESP e banqueiros

Reproduzimos abaixo declaração do MRT diante do dia 11/08, com a qual buscamos dialogar com estudantes e trabalhadores sobre os atos convocados pelas entidades estudantis e sindicais.

quarta-feira 10 de agosto de 2022 | Edição do dia

Exigimos um plano de lutas para enfrentar o bolsonarismo, as reformas e os ataques à educação, com a força da classe trabalhadora e da juventude, sem a direita, a FIESP e banqueiros

No dia 11 de agosto, Dia do Estudante, a mídia e diversos atores do regime político construíram como protagonista desta data a chamada Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito!. É uma carta articulada a partir da Faculdade de Direito da USP e encabeçada por figuras da FIESP, da FEBRABAN, do Itaú, entre outros banqueiros, patrões e candidatos como Lula, Leonardo Péricles (UP) e Sofia Manzano (PCB). Com as escandalosas ameaças golpistas de Bolsonaro rumo ao 7 de setembro, buscam construir a ideia de que a resposta é uma grande aliança "democrática" que reúne dos empresários às centrais sindicais e União Nacional dos Estudantes (UNE), mas a única resposta que pode enfrentar esses ataques é na luta de classes.

Essa aliança com aqueles que foram golpistas em 2016, que apoiaram a prisão arbitrária de Lula pelo STF e ajudaram Bolsonaro a chegar ao poder agora serve somente para preservar todas as reformas, privatizações e cortes na educação dos últimos anos. Para a FIESP, democracia significa liberdade para explorar mais na ditadura capitalista dos locais de trabalho, mais flexibilização trabalhista e apoio às reformas ultraliberais aplicadas por Bolsonaro e Guedes. Já o que não cabe nessa frente ampla são os interesses da classe trabalhadora, da juventude e de todos os oprimidos. Não será conciliando com nossos inimigos que nos trouxeram até aqui e querem defender seu projeto de país cada vez mais predatório e explorador que derrotaremos o bolsonarismo e toda a política burguesa responsável pela miséria da maioria da população. Com seu projeto de conciliação, a chapa de Lula com o repressor Alckmin já vem garantindo que não revogará nenhuma das reformas da fome.

É por isso que nós do Movimento Revolucionário de Trabalhadores (MRT), que impulsiona a Faísca Revolucionária e o Nossa Classe, não compomos esse dia 11 e batalhamos para que a classe trabalhadora auto-organizada, com assembleias e reuniões de base, aliada à juventude, seja a protagonista do combate ao bolsonarismo, não os capitalistas, como vemos hoje. Não foi uma carta lida em 1977 por Goffredo Telles Jr., um ex-integralista, que derrotou a ditadura. Foi a classe trabalhadora com fortes greves e apoio do movimento estudantil. Por isso, viemos exigindo das centrais sindicais e da UNE que rompam com essa política de subordinação aos capitalistas e de aposta na saída de conciliação pelas eleições. É preciso que construam um plano de lutas pela base, com manifestações, paralisações e greves que unifiquem o enfrentamento contra Bolsonaro, o bolsonarismo e os militares, batalhando pela imediata revogação integral de todas as reformas.

Essa batalha por uma política com independência de classe, contra a conciliação, é parte fundamental das nossas pré-candidaturas do MRT pelo Polo Socialista Revolucionário com um programa para que os capitalistas paguem pela crise. Chamamos estudantes e trabalhadores a discutir essa perspectiva.




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