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Dia Nacional da Saúde | Enfermeiras, da linha de frente, fazem ato em Brasília pela valorização da profissão

Enfermeiras e enfermeiros de todo Brasil se reuniram neste Dia Nacional da Saúde (5/8), em frente ao Congresso Nacional, para cobrar a aprovação do Projeto de Lei 2564/2020, que estabelece um Piso Salarial nacional para a profissão, fixado para jornada de 30h semanais.

sexta-feira 6 de agosto de 2021 | Edição do dia

Foto por: Cofen

Em meio a pandemia, os trabalhadores da saúde mostraram seu enorme valor lutando na linha de frente contra a doença. Ainda assim, ao longo de todo esse período essa demanda da categoria foi ignorada, visto que a PL foi apresentada em março de 2020 e está encalhada no Congresso desde então.

Enquanto isso, são pelo menos 857 óbitos pela covid-19, contabilizados pelo Observatório da Enfermagem. A pandemia escancarou o fato de que os trabalhadores são essenciais, ainda assim, muitas das categorias que estiveram na linha de frente estão entre as mais atacadas e precarizadas. Enquanto combatiam a pandemia, os trabalhadores da saúde tiveram que lidar não só com a ameaça do vírus, mas também com o aumento da carga de trabalho, pois políticos e gestores privados se recusaram a contratar mais profissionais para atender toda a demanda.

Muitas denúncias de hospitais por todo o país revelaram que sequer EPIs adequados, máscaras e álcool gel, estavam sendo destinados a essas trabalhadoras. Além disso, reclamações de violência física, verbal e psicológica são comuns na categoria, composta majoritariamente por mulheres negras, expressão do racismo fundamental para legitimar a superexploração do trabalho essencial desses profissionais.

Em muitos momentos dessa pandemia os trabalhadores da saúde protagonizaram a resistência contra os ataques para aprofundar a crise, lutando contra demissões, sobrecarga, falta de EPIs, de vacinas; mesmo em meio ao caos sanitário. Exemplos, como o do Hospital Universitário da USP, em que seus trabalhadores conseguiram conquistar a vacinação de todos mostram que só através da auto-organização é possível derrotar esses ataques e conquistar melhores condições de trabalho e a defesa da saúde pública de qualidade.

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