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RIO DE JANEIRO | Empréstimo escandaloso do estado custará 1,3 bilhões só de juros

Enquanto o desemprego avança, os servidores públicos seguem com salários atrasados e não sabem se verão o décimo terceiro; trabalhadores como os professores da Estácio são ameaçados com milhares de demissões. Enquanto isso, o governo estadual do Rio de Janeiro pagará bilhões de juros a banqueiros.

terça-feira 12 de dezembro de 2017 | Edição do dia

Mais uma notícia absurda vem à tona em meio à crise do estado que assola o Rio de Janeiro. Isso é uma nova e revoltante demonstração de que tem muitos capitalistas lucrando com a crise e, consequentemente, com a miséria gerada por ela na população.

A entrega de presente de R$1,3 bilhões em pagamentos de juros é parte da negociação de empréstimo de R$2,9 bilhões que o governo do estado do Rio está fazendo com o banco BNP Paribas, sendo vendida como “Acordo de Recuperação Fiscal”. Isso mesmo. Do acordo de “Recuperação Fiscal” que Pezão está negociando o valor de juros e comissões que o estado do Rio de Janeiro pagará é equivalente a quase um terço do total do empréstimo! Uma matemática absurda que está a serviço de beneficiar os grandes grupos capitalistas, enquanto os trabalhadores literalmente pagam por uma crise que não criaram.

Enquanto isso servidores aposentados estão sem receber. Uma professora aposentada recentemente ateou fogo em seu próprio corpo num ato desesperado por não receber salários há meses. Á única resposta de fundo para a crise do Rio de Janeiro passa por fazer com que sejam os corruptos e os capitalistas os que paguem pela crise que criaram. Isso deve partir de combater esse acordo escandaloso que envolve impedir que a CEDAE seja dada de presente. A privatização da CEDAE é a garantia que o governo do estado está oferecendo em troca do empréstimo. Não se pode permitir que os bancos saiam ganhando a CEDAE e R$1,3 bilhões.

É preciso impor o não pagamento da dívida pública, que transfere trilhões nacionalmente aos banqueiros, além de outras medidas como a taxação das grandes fortunas, o confisco dos bens dos corruptos, como a expropriação sob controle dos trabalhadores do império de Jacob Barata, o rei do ônibus no Rio. Só colocando toda essa riqueza, que é arrancada dos trabalhadores pelos políticos dos ricos pelos capitalistas, à serviço de financiar Saúde, Educação e Transporte controlados pelos trabalhadores é que teremos um verdadeiro plano de recuperação do Rio de Janeiro.




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