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RIO GRANDE DO NORTE | Empresas de ônibus de Natal/RN ameaçam demitir 850 trabalhadores em meio ao coronavírus: pela proibição das demissões!

Nesta quarta feira a Fetronor (Federação das Empresas de Transportes do Nordeste) anunciou que demissões já estão ocorrendo e informou mais 850 desligamentos de trabalhadores do transporte público municipal e intermunicipal de Natal/RN. A federação alega que semana passada houve queda de arrecadação de 90%, e que por isso faz chantagem com o emprego de centenas de famílias para pressionar a prefeitura a salvar os lucros dos donos da empresa.

quinta-feira 2 de abril de 2020 | Edição do dia

Segundo ofício enviado ao prefeito Álvaro Dias, ao DER e ao chefe do gabinete civil do Estado pelos empresários, foi exigido que sejam dados aportes financeiros e outras fontes orçamentárias para equilíbrio dos custos e receitas, além de suspensão de tributos por seis meses no intuito de cobrir meias passagens e gratuidades.
É revoltante essa situação! Em meio a crise do coronavírus os trabalhadores estão a mercê de chantagens da patronal, quando perder o emprego pode custar a literalmente a vida dessas pessoas nesse momento.

A prefeitura e o governo do estado não fizeram nada para evitar essa situação, que pode estar ocorrendo em outros locais de trabalho, pois até agora não propuseram uma lei ou decreto que proibisse as demissões durante o coronavírus.

Júnior Rodoviário (PT), presidente do SintroRN (CUT), chegou a dizer “Se quer demitir, vai ter que demitir todo mundo agora”. O que passa na sua cabeça dizendo isso? Deveria estar levando aos motoristas a necessidade de se organizar uma batalha para exigir uma lei que proíba das demissões na cidade e no estado, para que a classe trabalhadora, tão sofrida já com o estressante trabalho nos transportes públicos e baixos salários, e não receba mais esse baque.

Teriam adesão enorme da população, em especial a que segue pegando ônibus durante a pandemia, se expondo, com mais medo de perder o emprego do ser contaminado. , precisa levantar uma batalha e exija uma lei contra as demissões. Como os trabalhadores irão sobreviver a esta crise desempregados?

Há denúncias que desde semana passada os empresários estariam descumprindo o pedido da Prefeitura, que exigiu que mais 46 transportes fossem colocados na frota. Segundo essas denúncias, apenas 15 foram colocados. O objetivo da medida seria diminuir aglomerações nos transportes e que evitasse usuários em pé nos transportes. Avisos de proibição de usuários em pé foram colocados nos transportes, no entanto isso não passou de letra morta.

Se já não bastasse os motoristas trabalharem correndo o risco, pois estão em contato com dinheiro, (cumprindo a dupla função de motorista e cobrador) e fluxo constante de pessoas, agora mais essa notícia das demissões. É preciso que a saída para esta crise venha da classe trabalhadora, começando pela proibição das demissões, mas também que os trabalhadores dos transportes assumam o controle desse serviço, essencial para os que seguem trabalhando, para garantir as medidas de segurança necessárias, junto a profissionais da saúde, para atenderem a população e se protegerem, liberando os que são do grupo de risco com remuneração.

Ao mesmo tempo, devem controlar o funcionamento de todo o sistema de transporte para atender de fato as necessidades populares em meio a essa crise, batalhando pela ampliação de frota permanente e a contratação de motoristas e principalmente de cobradores, para que de fato se rompa com a mesquinharia dos donos do transporte, que ano a ano aumentam as passagens apenas para seguir lucrando com um transporte público em pedaços.

Contato: (84) 991182159




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