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CONTRA O PL 5069 | Emocionante encontro entre ato das Mulheres contra o PL 5069 e estudantes ocupados

O ato contra o PL 5069 seguiria um trajeto pré-definido, não fosse a heroica luta dos estudantes contra o fechamento das escolas e pelo direito ao estudo e ao futuro. Em meio à forte debate entre grupos de mulheres, parte do ato vai à ocupação da E. E. Fernão Dias e unifica as lutas.

sexta-feira 13 de novembro de 2015 | 16:17

O ato contra o PL 5069, de autoria de Cunha e PT, saiu do MASP e quando descia a rua da Consolação foi chamado um jogral onde parte do ato decidiu seguir em direção à escola ocupada Fernão Dias, unificando as lutas e prestando solidariedade.

O ato contra o PL 5069 seguiria um trajeto pré-definido, não fosse a heroica luta dos estudantes contra o fechamento das escolas e pelo direito ao estudo e ao futuro.

Alguns grupos que compunham o ato propuseram alterar a rota para ir até a escola E.E. Fernão Dias que, em seu 3º dia ocupada, estava sob ameaça de reintegração de posse e cercada pela tropa de choque, a mando do governador Alckmin/PSDB.

Enquanto desciam a Av. Rebouças, cerca de 400 mulheres vibravam e cantavam em defesa de suas demandas e em apoio à luta contra a reorganização escolar, que fechará escolas, superlotando salas e aumentando a distância entre a escola e a moradia dos estudantes.

Bárbara Dellatorre, membro da Secretaria de mulheres do Sintusp e da Executiva Nacional do MML, ressaltou que “a luta dos estudantes está acontecendo agora. Quando definimos o trajeto do ato não tinha esse cenário. A ocupação do Fernão mudou e já influencia outros estudantes a ocuparem também. Em todos os vídeos que circulam, as meninas estão na linha de frente. A situação está dinâmica. Seguir o ato, seria rotineiro frente à tudo isso e só serviria para gritar Fora Cunha e lavar a cara da Dilma. A maioria que seguiu eram grupos ligados ao governo, como a Marcha Mundial de Mulheres. Infelizmente, junto com eles também foram a Insurgência e LSR do PSOL. Nós queremos mesmo arrancar nosso direito ao aborto e poder decidir sobre nossas vidas através de um grande e vivo movimento de mulheres nas ruas e locais de trabalho e estudo ligado às lutas em curso. Não com manifestações de calendário.”

Yuna, trabalhadora da USP e membro da Secretaria de Mulheres do Sintusp, que esteve todos os dias na ocupação do Fernão Dias, disse "Estou acompanhando a ocupação e indo prestar apoio a luta dos estudantes porque é nessa escola que eu acredito! Escola de luta, cheia de vida e de sentido. Tudo o que estão aprendendo nessa experiência, não tem instituição tradicional que ensine. Esses jovens estão dispostos à fazer de tudo pra escolher os rumos do seu futuro. Poder ir em marcha com tantas mulheres e com meu filho junto também, mostra o quanto a luta pelas escolas é também a luta das mulheres."

Marília Rocha, operadora de trem no metrô de SP demitida na greve do ano passado, comentou a importância do ato ter ido à ocupação “A luta desses jovens pelo direito ao estudo, assim como a luta pelos direitos das mulheres, em tempos de crise mostram nitidamente como se trata de uma luta contra esse sistema de exploração e opressão, que joga milhares de pessoas na miséria. Queremos construir um mundo verdadeiramente livre. Resistimos aos ataques de Cunha e todos os conservadores. Denunciamos que Dilma e o PT, há 13 anos no governo, não legalizaram o aborto e agora atacam os trabalhadores. Queremos ter o controle sobre quem nos representa. Queremos que todos os políticos tenham mandatos revogáveis para acabar de vez com a corrupção e a retirada de direitos."




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