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CORRUPÇÃO VACINAS | Emails oficiais mostram que governo Bolsonaro negociou com empresa que denuncia propina para compra de vacinas

Reportagem da Folha de S. Paulo revelou emails trocados por Roberto Dias, do ministério da Saúde, e representantes da empresa Davati, confirmando que houve a negociação. Empresa acusa governo Bolsonaro de ter pedido US$ 1 por dose para confirmar a compra de lote de 400 milhões de vacinas.

quarta-feira 30 de junho de 2021 | Edição do dia

Reportagem da Folha de S. Paulo divulgou emails que confirmam a negociação entre o ministério da Saúde e a empresa Davati Medical Supply para a aquisição de 400 milhões de doses da vacina Aztrazeneca. Em outra denúncia divulgada pela Folha, o representante da empresa Luiz Paulo Dominguetti Pereira afirma que Roberto Dias, diretor de logística do ministério, solicitou o valor de US$ 1 por vacina como propina para confirmar a compra pelo governo.

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Os emails divulgados confirmam a negociação e o encontro citado por Dominguetti, que já foi convocado para depor nesta sexta-feira (01/07). Um dos emails foi trocado às 8h50 do dia 26 de fevereiro deste ano, por meio do endereço funcional de Dias, "[email protected]", e "[email protected]" —"dlog" é como o departamento de logística é chamado.

"Este ministério manifesta total interesse na aquisição das vacinas desde que atendidos todos os requisitos exigidos. Para tanto, gostaríamos de verificar a possibilidade de agendar uma reunião hoje às 15h, no Departamento de Logística em Saúde".
Roberto Dias, do ministério da Saúde em email do dia 26/02 à empresa Davati

Roberto Dias, foi uma indicação do deputado Ricardo Barros (PP-PR), ex ministro da Saúde e líder do governo no Congresso, que também está sendo apontado como pivô do esquema para a compra superfatura de doses da vacina indiana Covaxin.

Veja também:Diretor de Logística da Saúde é exonerado após envolvimento no pedido de propina das vacinas

Os esquemas de corrupção, agora em investigação, escancaram as bases materiais do negacionismo de Bolsonaro, que junto das empresas farmacêuticas buscou lucrar em cima da morte de milhares de pessoas. Essa negociação nefasta teria ocorrido em fevereiro quando o Brasil atingia o trágico patamar de 250 mil mortes. Mostrando o preço que o governo Bolsonaro dava pela vida dos milhares de brasileiros mortos.

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