BELO HORIZONTE | Em votação relâmpago, políticos de BH aumentam seus salários

Além dos vereadores dos partidos golpistas, o vereador Gilson Reis, do PCdoB, também votou favorável ao próprio aumento de seu já incrementado salário.

Na mesma semana desse aumento em seus salários já exorbitantes, foi votada a “PEC do fim do mundo”, que coloca um teto nos gastos em serviços para direitos como saúde e educação. Se não bastasse, foi a mesma semana em que o presidente golpista Michel Temer aprovou um plano econômico que concede aos empresários multas menores em casos de demissões sem justa causa e que o Congresso encaminhou a primeira parte da reforma da previdência.

Os políticos privilegiados mostram como colocam seus mandatos a serviço dos interesses das classes dominantes e estão cada vez mais distantes dos anseios da população, esta que estava em sua maioria conta a votação da PEC e que já rechaçam todo tipo de privilégios aos políticos.

Conversando ontem com um amigo sobre o escandaloso aumento dos salários dos políticos, ele revoltado dizia corretamente que ter um cargo na política não é fazer dela uma profissão. E é exatamente assim que a Câmara de Contagem atua, transformando seus cargos em profissão para ter garantidos seus privilégios... enquanto aos trabalhadores e à população apensa retirada de direitos.

Ao contrário disso, todos os políticos deveriam ganhar o mesmo salário de uma professora da rede pública e terem seus cargos revogáveis conforme consulta popular. Sabemos que quase a totalidade desses políticos de hoje serão contrários a essa medida. Assim como em sua grande maioria foram contrários à defesa dos direitos da população e votaram a favor da PEC55. Por isso, não podemos confiar mais as mudanças importantes venham pelas mãos desses jogadores.

Para retirar pela raiz os privilégios dos políticos atuais e a quem eles estão a serviço, os grandes milionários e empresários que usam o estado como um balcão de negócios para seus interesses, precisamos de uma resposta imediata e profunda. Precisamos mudar os jogadores e as regras do jogo para haver o fim dos grandes salários para os políticos, a revogabilidade dos mandatos por vontade popular, o confisco dos bens dos políticos corruptos, dos grandes empresários envolvidos em esquemas bilionários de desvios de verbas públicas e das grandes empresas envolvidas em tragédias causadas pela ganância dos lucros dos capitalistas, como o exemplo da Vale, Samarco e BHP no crime ambiental de Mariana.

Para isso a via de uma nova Constituinte livre e soberana, imposta pelas lutas e greves, com deputados eleitos entre os trabalhadores, a juventude e o povo é a que pode acabar com esses privilégios votando a revogabilidade da PEC do fim do mundo, a retirada dos privilégios dos políticos e que todo político ganhe igual uma professora. Os mandatos de vereadoras do PSOL, que em breve assumirão em Belo Horizonte, devem ser os primeiros a levar a frente a defesa que fizemos em todas as campanha anticapitalistas do MRT pelo PSOL, e receberem como uma professora da rede pública, doando o restante para as lutas sociais, dos trabalhadores e da juventude.