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GOVERNO BOLSONARO | Em primeiro discurso como presidente, Bolsonaro reafirma os pontos reacionários da campanha

terça-feira 1º de janeiro de 2019 | Edição do dia

Imagem: AFP

Em seu primeiro discurso empossado, realizado no Congresso Nacional, Jair Bolsonaro reafirma os pontos reacionários de sua campanha como o combate a “doutrinação” nas escolas que leva a formar “militantes políticos”, a chamada “ideologia de gênero”, a defesa da posse de armas e dos ataques ao direito dos trabalhadores a partir das chamadas “reformas estruturantes” na economia. O discurso foi marcado pelo discurso religioso, com várias referências a Deus e o slogan de “Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”.

Num discurso bastante reacionário, o ex-capitão iniciou convocando os congressistas para restaurar e reerguer a pátria contra a corrupção e a “submissão ideológica” para unir o povo, valorizar a família e a nossa “tradição judaico-cristã” e contra a chamada “ideologia de gênero”. Fez, ao longo do discurso, diversas referências a necessidade da união com o Congresso Nacional, defendeu a Constituição e, com um governo com o maior número de militares desde a redemocratização, disse que irá “proteger e revigorar a democracia brasileira”.

Ao mesmo tempo, destilou suas posições de ataque aos professores, como vinha fazendo desde ontem, defendendo as “boas escolas para preparar os filhos pro mercado de trabalho e não militantes políticos”. E reafirmou a defesa para a liberação do porte de armas para “os cidadãos de bem que merece o direito de se defender” e diz que isso seria fazer valer a posição da sociedade demonstrada no referendo de 2005. No entanto, nesta semana o Datafolha fez pesquisa que mostra que 61% da população é contrária e liberação do porte de arma.

Do ponto de vista da economia, Bolsonaro defendeu os ataques aos trabalhadores, pela via das chamadas “reformas estruturantes”, entre elas a principal reforma da previdência, com privatização, livre mercado e desburocratização, que seria capaz de levar ao “círculo virtuoso para a economia para abrir os mercados pro comércio internacional, sem viés ideológico”. Além disso, Bolsonaro também fez referência aos seus apoiadores latifundiários dizendo que irá incentivar o setor agropecuário.

O senador Eunício Oliveira que é atual presidente do Senado também discursou após Bolsonaro, reafirmou que não houve nenhuma pauta-bomba por parte do congresso e senado, fez referência a Bolsonaro pela sua experiencia como congressista – num discurso que se contrapõe a ideia que o próprio Bolsonaro quer fazer de si, como uma solução nova na política- e resgatando sua “missão cumprida” e enumerando como vitória todos os ataques realizados aos trabalhadores nos últimos anos como a aprovação da reforma trabalhista e da PEC do teto de gastos.




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