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PALESTINA | Em nota, PSOL reafirma apoio à luta do povo palestino

Publicamos no Esquerda Diário a resolução que expressa a visão do PSOL sobre a questão do povo palestino frente à opressão do Estado sionista de Israel.

terça-feira 6 de fevereiro de 2018 | Edição do dia

Para ver a posição do MRT sobre a questão Palestina-Israel, clique aqui: "Por que apoiar a luta dos palestinos é imprescindível", por Simone Ishibashi

Ver também: "Israel, um Estado fundado sobre a limpeza étnica da Palestina", por Josefina Martinez

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Ver nota originalmente publicada no site do PSOL aqui

A Executiva Nacional do PSOL, delegada pelo 6º Congresso Nacional do partido, realizado em dezembro de 2017, e após analisar as diferentes propostas de resolução sobre o conflito entre Israel e Palestina apresentadas naquele fórum, aprovou, durante reunião no último final de semana, em São Paulo, a seguinte posição:

Recordando que em 2017 se completaram 50 anos de ocupação militar dos territórios palestinos da Cisjordânia e Faixa de Gaza, e do território sírio das Colinas de Golã, pelo Estado de Israel; lembrando que em 2018 se completam 70 anos de intensa e ininterrupta colonização contra o povo palestino; ressaltando que atualmente há mais de 5 milhões de palestinos/as refugiados/as pelo mundo; reconhecendo que dentro de Israel palestinos/as vivem sob um regime de discriminação racial institucionalizado; e considerando que as tecnologias e técnicas do regime israelense são importadas massivamente ao Brasil, aprofundando a repressão, racismo e militarização contrariamente os interesses do povo brasileiro.

Considerando o recente relatório da Organização das Nações Unidas – ONU (E/ESCWA/ECRI/2017/1) que conclui que Israel pratica o crime de apartheid contra o povo palestino; relembrando que em 2016 o Conselho de Segurança da ONU (S/RES/2334) reafirmou a ilegalidade dos assentamentos israelenses na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental; e observando o parecer de 2004 da Corte Internacional de Justiça sobre o Muro de Apartheid israelense, o qual determina a ilegalidade do Muro e ressalta a responsabilidade de Estados como o Brasil em pressionar Israel pelo cumprimento do direito internacional.

Cientes do chamado da sociedade civil palestina por Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS), como forma de solidariedade concreta e efetiva para romper vínculos institucionais econômicos, militares, políticos e acadêmicos com o regime israelense e empresas e instituições cúmplices de suas violações de direitos humanos; e considerando que as demandas da sociedade civil palestina como: i. o fim da ocupação e colonização dos territórios árabes ocupados em 1967 e o desmonte do Muro; ii. a igualdade de direitos aos palestinos/as cidadãos/ãs de Israel; e iii. o respeito e promoção do direito de retorno dos/as palestinos/as refugiados/as conforme estipulado na resolução 194 da ONU.

Resolvemos:

1. Reiterar nosso compromisso com a luta do povo palestino por liberdade, igualdade e justiça, apoiando seu direito inalienável à autodeterminação, a liberação dos/as presos/as políticos/as palestinos/as, e o retorno dos/as palestinos refugiados/as;

2. Reiterar nosso apoio ao movimento de Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) e desenvolver e apoiar campanhas neste marco;

3. Intensificar nossos esforços por um embargo militar ao Estado israelense em consonância com nossas lutas contra a crescente militarização de nossa sociedade, a repressão dos movimentos sociais e o genocídio da população pobre e negra do Brasil;

4. Denunciar a decisão de Donald Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, contrariando as Nações Unidas e toda a legislação internacional sobre a região;

5. Reiterar nossa oposição a todas as formas de discriminação, incluindo o antisemitismo e a islamofobia, e a todas as formas de colonialismo e imperialismo.

6. Por um Estado palestino laico e não racista.

Executiva Nacional do PSOL
São Paulo, 3 de fevereiro de 2018




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