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ULTRA DIREITA | Em nome da "moral", Damares anuncia novo plano de perseguição aos professores

A Ministra inimiga das mulheres, negr@s e LGBTs, Damares Alvez, declarou nesta terça, 19, que o governo federal vai criar um canal de "denuncias" para os pais reclamarem de professores que, durante as aulas, supostamente, atentem "contra a moral, a religião e a ética da família". Uma medida de continuidade ao Escola sem Partido, de censura e perseguição aos professores.

quinta-feira 21 de novembro de 2019 | Edição do dia

Foto: José Cruz/Agência Brasil

"O canal está sendo formatado entre os ministérios da Educação e dos Direitos Humanos. Vai ser anunciado em breve. O que queremos é somente o cumprimento da lei. O Brasil é signatário do Pacto de São José da Costa Rica. Lá está dizendo que a escola não pode ensinar nada que atente contra a moral, a religião e a ética da família.", declarou Damares, distorcendo completamente o texto que em nenhum momento trata do papel da escola ou da educação como dever do Estado, mas sim de liberdades e direitos individuais.

O que Damares não cita sobre o tratado são justamente os trechos que se referem à liberdade de expressão, reunião e manifestação com fins" ideológicos, religiosos, políticos, econômicos, trabalhistas, sociais, culturais, desportivos ou de qualquer outra natureza", já que a prática desse governo é de perseguição e censura aos professores e não é nem mesmo coerente com a limitada legalidade que temos quando se trata de direitos.

Especialistas em educação apontam como criar um ambiente de desconfiança entre professor e estudante é um limitante para a aprendizagem. Mas nem mesmo é preciso ir tão profundo para ver que os interesses de Damares, Weintraube ou Bolsonaro não tem nada há ver com melhorar a qualidade da educação, mas pelo contrário, querem sob a bandeira do combate à "ideologia de gênero" (que nem mesmo existe), impor apenas sua própria ideologia conservadora, ou com o projeto escola sem partido, censurar o debate e perseguir opiniões críticas, transformando a escola em um tipo de quartel militar.

A ultra direita sabe do potencial transformador da juventude em aliança com os professores, por isso teme e ataca, mas por mais que tentem isso segue não sendo suficiente para conter o profundo descontentamento das novas gerações com esse governo e suas medidas antidemocráticas contra o povo.




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