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Em meio a risco de miséria, Bolsonaro quer restringir auxílio aos mais pobres

Bolsonaro tentou vetar essa ampliação do benefício alegando que não haveria fonte para tal custo.

quarta-feira 25 de março de 2020 | Edição do dia

Bolsonaro e seus capangas não descansam enquanto não destruírem com a vida da população mais pobre, mesmo na situação alarmante de pandemia que estamos vivendo. A cada dia esse governo reafirma seu descaso com os trabalhadores e trabalhadoras quando se refere ao coronavírus como uma “gripezinha”, que segue matando milhares de pessoas pelo mundo, incluindo no Brasil. Ou então quando decretou a chamada MP da morte, que dentre muitos ataques aos trabalhadores, permite que o patrão demita caso o trabalhador seja infectado. Como se não bastasse, Bolsonaro quer atacar inclusive o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que os idosos e pessoas com deficiência de renda baixa recebem, tornando ainda mais vulneráveis pessoas que já são do grupo de risco.

Recentemente, a lei do BPC foi alterada, já que para receber o benefício antes, a renda máxima per capita era de R$ 261,25 e agora serão atendidas pessoas com renda mensal familiar per capita de até R$ 522,50. Bolsonaro tentou vetar essa ampliação do benefício alegando que não haveria fonte para tal custo. Ora, se fossem taxados os impostos das grandes fortunas no país, certamente haveria dinheiro de sobra para custear esse mínimo benefício e inclusive combater a crise do coronavírus de maneira eficaz, aumentado leitos de UTI e realizando testes em toda a população.

Contudo, é evidente que esse não é o objetivo de Bolsonaro, que justamente joga ao lado dos empresários, tão pouco é o objetivo de Rodrigo Maia e companhia. Mesmo com essa ampliação do BPC, sabemos as duas caras que possui o chefe da câmara. O presidente da câmara, em entrevista, chegou a criticar a aprovação pela Câmara, que usou da ampliação como uma mera ferramenta em seus confrontos com o governo federal. Por sua vez, Bolsonaro continua cumprindo seu papel de cortar benefícios que atendam à população mais pobre, deixando desamparada a maior parcela da sociedade, que hoje se encontra em completo desespero por muitos locais de moradia não terem nem acesso a saneamento básico, aumentando exponencialmente o risco de contraírem o Covid.

Já sabemos que Bolsonaro, Rodrigo Maia, Alcolumbre e companhia não estão nada interessados em atender as demandas e necessidades dos trabalhadores/as, desempregados/as e de toda população de conjunto das periferias. Os únicos que podem responder à altura de todos esses cortes e ataques é a classe trabalhadora organizada. Se no meio dessa crise temos um governante que não dá a mínima para as nossas vidas e apenas preza pelo lucro dos capitalistas e um bando de parlamentares que possuem ações demagógicas e não ações efetivas de combate à pandemia, precisamos nos organizar e combater esses capitalistas com a coragem que diariamente os trabalhadores da saúde enfrentam o coronavírus. É preciso que os próprios trabalhadores controlem a produção, porque assim será possível a criação de mais aparelhos respiratórios, mais máscaras, álcool gel e testes que sejam acessíveis para todos.




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