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CAMPINA GRANDE (PB) | Em meio a crise e ajustes vereadores aprovam aumento de 26% em seus salários e implementação do 13°

A casta política de Campina Grande (PB) não vacila na hora de manter e ampliar seus privilégios. A Câmara de vereadores de Campina Grande aprovou na última quarta-feria (14) o reajuste de 26% no salário e a implantação do 13° para os 23 vereadores de Campina Grande.

quinta-feira 15 de dezembro de 2016 | Edição do dia

Foto: ClickPB

Os parlamentares, até então, ganhavam R$12.024,00 e passarão a ganhar, a partir de 2017, R$15.193,20, um aumento de R$ 3.193, 20. O presidente da Câmara, por sua vez, passará de um salário de R$ 18 mil para R$ 22,7 mil, ou seja, um reajuste de R$ 4, 7 mil. Todos também devem receber 13º salário proporcional ao tempo em que estiverem no cargo, em cada ano, tendo como base de cálculo o salário reajustado.

Sobre o aumento dos subsídios, o presidente da Câmara de Vereadores de Campina Grande, Pimentel Filho (PSD), tentou justificar esta escandalosa atitude afirmando que os reajustes estão abaixo da média de inflação dos últimos quatro anos. Já sobre a implantação de 13º pagamento, Pimentel Filho argumentou que esta medida está sendo adotada em outras casas. “Outras câmaras já estão fazendo isso, senadores, deputados, assim como todos os trabalhadores brasileiros devem receber”, explicou ele.

O reajuste nos salários dos vereadores de Campina Grande também foi defendido, na manhã desta quinta-feira (15), pelo presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB), Arthur Cunha Lima. O presidente do TCE alegou que os parlamentares estão sem receber aumento há quatro anos e que corriam o risco de ficar outros quatro com os mesmos vencimentos.

“É um direito que lhes assiste. A fixação dos subsídios dos vereadores é feita de uma gestão para outra, e a cada quatro anos. Significa que o último reajuste foi há quatro anos e que só teriam daqui a quatro anos”, explicou Arthur.

Tentando justificar esta atitude o presidente do TCE ainda reconheceu que o momento pode ter sido inadequado, mas não vê imoralidade na decisão. “Acho que o aumento é legal, talvez a oportunidade seja imprópria. Não é imoral”, finalizou.

Do nosso ponto de vista os parlamentares deram um passo na direção do próprio umbigo, na defesa e aumento de seus privilégios, e escancaram de vez a falta de compromisso com a população campinense ao ignorarem completamente os problemas que o municipio vem enfrentando, servidores com salários atrasados, muitos trabalhadores desempregados e num contexto da cidade vivenciando a pior crise hídrica da sua história- como denunciamos em diferentes matérias neste jornal.

Pelo visto a austeridade e o ajuste do governo institucional de Temer só deve bater mesmo á porta dos trabalhadores, da juventude e dos mais pobres, pois a classe política brasileira continua nadando no seu mar de privilégios.

Para acabar com as regalias desta casta política o Esquerda Diário defende que cada político ganhe o mesmo que uma professora da rede pública ou um operário qualificado. Trata-se de uma maneira de atacar os privilégios de uma casta política que parasita os direitos da população há anos no país, bem como questionar todo o sistema político que sustenta o regime.

Algumas informações retiradas G1 paraíba




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