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CAMERA ATACA OS TRABALHADORES | Em meio a Crise da Carne, deputados iniciam a discussão sobre a PL 4302.

terça-feira 21 de março de 2017 | Edição do dia

Em meio a um clima de tensão que se abriu em torno da ’crise da carne’, crise que abriu um sinal de alerta para inúmeros parlamentares que fazem parte da ’bancada do boi’, os deputados hoje começaram a discutir a PL 4302 de 1998, que ampliar a terceirização para as atividades fim, quarteirizar, deixar impune os patrões que desrespeitam as leis trabalhistas e submete o negociado em cima do legislado. Se o calendário seguir conforme pretende o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM - RJ), esta parte da reforma trabalhista vai ser discutida hoje para ser votada amanha.

Antes mesmo da sessão ser aberta por Rodrigo Maia, Hildo Rocha Deputado do PMDB (MA) fez uma intervenção demagógica dizendo que a terceirização vai garantir os direitos trabalhistas e salvar o setor público. Na mesma linha seguiu o PSDB, que defendeu em plenário a ’’necessidade de modernizar as relações trabalhistas’’ e ’’regularizar a terceirização, pois o trabalhador terceirizado não pode ficar num vacúo juridico’’.

O que estes deputados escondem é que a sua verdadeira intenção é abrir espaço para que os patrões reduzam custo com os trabalhadores. Isso significa reduzir direitos e abrir espaço para que os patrões derespeitam as leis trabalhistas, dividir os trabalhadores, aprofundar as condições precária de trabalho, aumentar a jornada e rebaixar os salários de uma forma muito mais ampliada do que ocorre hoje. Os deputados do PMDB e do PSDB mentem porque sabem que assim como a Reforma da Providencia, a Reforma Trabalhista é impopular e se depender dos trabalhadores, o dia 15 de março só foi um inicio de uma grande resistência contra estes ataques.

Outros partidos como o PSC e o PR que se poscionaram a favor do golpe institucional e que fazem inúmeras alianças com os partidos golpistas que são favoráveis a reforma trabalhista e da previdência. Encheu o plenário de demagogia o discurso do Deputado Aroldo de Oliveira, falando sobre a jornada de trabalho das mulheres. Sim, o mesmo PSC do acusado por apologia ao estupro Jair Bolsonaro e que também abrigou Marcos Feliciano (agora no PR), célebre pela declaração machista de que "quando você estimula uma mulher a ter os mesmos direitos do homem, ela querendo trabalhar, a sua parcela como mãe começa a ficar anulada".

Estes partidos sabem que a reforma da previdência é impopular e sabem também das crises políticas que rondam o governo de Temer. De uma forma totalmente oportunista, fazem demagogia com o sentimento honesto do trabalhador em não querer trabalhar até os 65 anos, ao mesmo tempo em que negociam melhores condições, cargos e regalias com o governo Temer para vender seu voto e aplicar estes brutais ataques contra os trabalhadores e demais setores populares da sociedade.

Já o PT e o PCdoB fizeram inúmeros discursos contra a reforma trabalhista e chamaram os trabalhadores a lutarem contra estas medidas. Porém até agora as falas destes parlamentares são demagogia, pois a CUT e a CTB mantém um acordo de trégua com o governo Temer e as alianças que estes mesmos parlamentares fazem com os partidos da direitas faz com que estas centrais sindicais não organizem um plano de luta pra construir uma greve geral capaz de derrotar Temer e seus ajustes.

Para a saída dos parlamentares petistas, conforme deu pra perceber em inúmeros é de que é preciso esperar as eleições de 2018 para votar em Lula.

A força dos trabalhadores no dia 15 de março fez com que o governo tremesse de medo, tanto é que inúmeros deputados questionam se a base do Temer vai conseguir votar a reforma da previdência. Porém a ausência de um plano de luta pra derrotar estes ataques, faz com que o dia 15 seja mais um dia de luta e não um primeiro passo de uma greve geral dos trabalhadores. Mais do que nunca é preciso que as centrais sindicais rompam com sua tregua com o governo e organize seriamente a luta.

Leia também: Terceirização irrestrita é pauta da Câmara e votação será amanhã, com a paz de CUT e CTB




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