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SÃO PAULO | Em defesa de Dória e da PM, Frota culpa pais dos jovens pelo massacre de Paraisópolis

Deputado rebateu manchete em que um parente de jovem assassinado acusou o governador, e questionou o por quê dos jovens estarem no baile

segunda-feira 9 de dezembro de 2019 | Edição do dia

O deputado federal Alexandre Frota (PSDB) saiu em defesa do governador tucano João Doria em seu twitter, questionando de forma hipócrita por que os pais deixam seus filhos frequentarem bailes funk. Com sua crítica moralista tenta justificar a barbárie, o assassinato de 9 adolescentes. Como se a simples presença em um espaço que a moral burguesa despreza fosse passível a pena de morte.

“Mas o que seu filho de 15 anos estava fazendo no Baile Funk patrocinado pelo tráfico sem alvará para funcionar sem áreas de emergência baile regado de bebidas, drogas, sexo. Talvez se ele não estivesse lá não teria acontecido com ele. Sabemos com é o roteiro do Baile”, postou o deputado.

Esse tipo de discurso, com o mesmo teor de um compartilhamento de Eduardo Bolsonaro em seu twitter, é típico do Bolsonarismo e da base social deste governo. Buscam dialogar com a moral cristã pregada nas Igrejas tão presente na ideologia das famílias, para alimentar um senso comum de que o governo e a polícia estão certos ao assassinar a juventude e destruir famílias. Como se a juventude pobre e trabalhadora não tivesse o direito ao lazer e a exercer sua sexualidade. Como se a relação com as drogas e o tráfico fosse exclusividade da periferia, e justificasse qualquer assassinato.

Em outro twitter o deputado critica a palavra de ordem contra a polícia militar, muito comum em manifestações: “‘Não acabou vai acabar eu quero o fim da Polícia Militar’, sei e quem vai cuidar da população? É muito fácil gritar o fim da Polícia Militar”, ironizou Frota.

As figuras da direita não escondem sua completa desumanidade ao não expressar qualquer empatia pelas famílias em luto, e seguir defendendo uma instituição tão assassina quanto a Polícia Militar. Enchem a boca para acusar o baile funk atacando a expressão cultural da juventude pobre e negra das periferias de São Paulo, enquanto que também não falam nada das dezenas de jovens assassinadas em escolas, na perua escolar, andando na rua, e tantas outras situações que nada tem a ver com drogas ou tráfico e mesmo assim perderam suas vidas para a política racista e assassina de pobres do governo do Estado de São Paulo.




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