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ELEIÇÕES 2016 RIO | Em comemoração com aliados da direita golpista, Crivella já começa o loteamento de cargos no governo

A comemoração da vitória de Crivella já começou a mostrar a composição de seu governo, com a promessa de loteamento de cargos para políticos como o ex-adversário Indio da Costa (PSD) e o vereador Dr. Carlos Eduardo (SD), mostrando que é um governo de continuidade com o PMDB de Paes.

domingo 30 de outubro de 2016 | Edição do dia

Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

Logo após a confirmação de sua vitória, Crivella veio a público num discurso bastante hipócrita e cínico de comemoração. Ele estava na companhia de seus aliados, os mesmos que sustentaram o governo de Eduardo Paes (PMDB) na prefeitura, e cujos partidos são base do governo golpista de Michel Temer.

Anunciando o tradicional loteamento de cargos entre os partidos políticos dos patrões, que ocorreria na hipótese de qualquer um deles triunfar eleitoralmente, Crivella afirmou que pe “natural” que parte dos aliados presentes naquele palco compusesse seu quadro de secretários. Indio da Costa (PSD), que foi adversário de Crivella no primeiro turno e no segundo esteve em sua propaganda eleitoral na televisão, é uma forte possibilidade na Secretária de Governo ou de Ciência e Tecnologia; já o vereador Dr. Carlos Eduardo – que pertence ao partido do sindicalista preferido dos patrões, o Paulino da Força – já foi anunciado como futuro Secretário de Saúde. Carlos Osorio, do PSDB, que também disputou o primeiro turno, foi convidado para a Secretaria de Transportes. Para a Secretaria de Educação, se especula o nome de César Benjamin, que foi fundador do PT. Esses, até o momento, são os nomes que já se sabe, definidos antes mesmo da vitória.

Além destes, outros aliados que expressam bem o que será o governo Crivella estavam presentes: Clarissa Garotinho (PR), Silas Malafaia, Flavio e Jair Bolsonaro (PSC), os vereadores Junior da Lucinha (PMDB), Paulo Messina (PROS), o deputado Luis Carlos Ramos do Chapéu (PTC).

O que fica claro com essa equipe de aliados é que independentemente da máscara populista de Crivella e de seu slogan sobre “cuidar das pessoas”, o que se expressa desde o primeiro minuto de sua vitória é um governo de continuidade com o de Eduardo Paes, já que os partidos – e mesmo os próprios políticos – que compõem sua base de sustentação na Câmara, suas secretarias, seus conselheiros, são praticamente os mesmos. São, aliás, os mesmos partidos golpistas que fornecem sustentação ao governo Temer. Nunca é demais lembrar que o próprio partido de Crivella, o PRB, votou de forma unânime na Câmara dos Deputados pela aprovação da PEC 241, que congela gastos com educação e saúde pelos próximos vinte anos.

São os partidos que preparam novos ataques contra os trabalhadores em todas as esferas, e que tem como ponto de união o imenso esgoto fisiológico da política brasileira, o PMDB de Michel Temer, Eduardo Cunha, Renan Calheiros, Eduardo Paes e Pezão. O que está garantido com o governo de Crivella é que ele vai “cuidar dos bolsos” e dos interesses privados não apenas desses aliados, como de outros que lucram com a miséria dos trabalhadores e do povo pobre, como a mafiosa família Barata que domina os transportes ou as OS que dominam a saúde. Para acomodar os interesses de tantos aliados que precisam lucrar, o plano de Crivella é privatizar cada vez mais. Nada que Eduardo Paes ou Pedro Paulo não teriam feito.




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