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#nenhumaamenos | Em São Paulo e várias cidades do país mulheres marcham em repúdio ao feminicídio de Magó e Cris Nagô

No último sábado aconteceram simultâneos atos por todo país e até atos internacionais em repúdio ao feminicídio de Magó, Maria Glória Poltronieri Borges bailarina e ativista da causa ambiental, que foi brutalmente assassinada e seu corpo encontrado com indícios de violência sexual em Maringá no Paraná. Em São Paulo as mulheres marcharam também por justiça para Cris Nagô, capoeirista do Rio Grande do Norte também vítima do feminicídio.

Pão e Rosas@Pao_e_Rosas

terça-feira 11 de fevereiro de 2020 | Edição do dia

No último sábado aconteceram simultâneos atos por todo país e até atos internacionais em repúdio ao feminicídio de Magó, Maria Glória Poltronieri Borges de 25 anos, bailarina e ativista da causa ambiental, que foi brutalmente assassinada e seu corpo encontrado com indícios de violência sexual em Mandaguari no Paraná no dia 26 de janeiro. As mulheres e todos os presentes também marcharam por Cris Nagô, uma capoeirista de 43 anos morta na Paraíba enquanto ensinava capoeira no dia 1 de fevereiro.

Levantando faixas com dizeres de “a vida pede passagem” e por #nenhumaamenos, centenas de pessoas se reuniram e marcharam em São Paulo, fora tantas outras que demonstraram muita comoção e força nos atos que aconteceram em outras cidades e estados, como Rio de Janeiro, Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Garopaba (SC), Ubatuba (SP), Itaparica (BA), além de Santiago (Chile) e Bolonha (Itália).

Iaci, estudante da PUC e militante do Grupo de Mulheres Pão e Rosas, esteve no ato em São Paulo levando nossa solidariedade pelo Grupo de Mulheres Pão e Rosas e denunciando o aumento do feminicídio e da violência contra as mulheres, também contra os LGBTs, negros e indígenas, que vimos aumentar sob o discurso racista, machista e misógino de Bolsonaro e de Damares Alves, a cara feminina e igualmente reacionária desse governo que representa um retrocesso cotidiano em nossos direitos e de todos os setores oprimidos da nossa classe.

Na mesma semana em que tomamos as ruas por Magó e Cris Nagô dizendo que nossas vidas importam e por mais nenhum a menos, Bolsonaro zerou os recursos para o combate a violência contra mulher, materializando todo seu discurso de ódio contra cada um dos nossos direitos e de nossa classe. Exatamente por isso nossa luta em defesa de nossas vidas precisa se dar sem nenhuma confiança de que nossas respostas virão dessa mesma justiça que até agora não atribuiu responsabilidade aos verdadeiros mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco do PSOL, cuja morte está prestes a completar dois anos agora ou que encarcera e mata todos os dias jovens e crianças negras por todo país, rostos similares ao de Cris Nagô que têm suas vidas interrompidas também pelas mãos do aparato repressivo do Estado. Sigamos batalhando por uma luta que seja fruto de nossas próprias mãos de forma organizada junto à nossa classe e seus setores mais oprimidos, sem dar nenhum passo atrás frente às demandas histórias do nosso movimento, desde a luta contra o feminicídio até a luta pela legalização do aborto; mas também contra os ataques dos governos contra nossas vidas, como a própria Reforma da Previdência que atinge primeiro as mulheres e em especial as mulheres negras, ataques que vêm tanto de governos declarados nossos inimigos como Bolsonaro, como dos governos eleitos pelos próprios trabalhadores como os do PT no Nordeste que mesmo reprimindo os trabalhadores têm garantido a implementação da Reforma nos Estados e Municípios.




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