sábado 29 de setembro de 2018 | Edição do dia
Em São Paulo, centenas de mulheres começam a se somar para a mobilização contra Bolsonaro. A concentração do ato começou as 15h na região do Largo da Batata. As 17h irão ocorrer uma série de apresentações artísticas. Após esse horário, o ato sairá em passeata pela Av. Rebouças, com destino à Av. Paulista, onde ocorrerão falas inclusive de candidatas.
Dessa forma, o movimento ao invés de servir de impulsionador da organização das demandas das mulheres, torna-se um palanque eleitoral para que até mesmo figuras defensoras do golpe, como Marina Silva, ou representantes tão reacionárias quanto o próprio Bolsonaro, como no caso da vice candidata de Geraldo Alckmin, Ana Amélia, busquem canalizar o combate contra a extrema direita para uma discussão do voto. A própria Manuela D’Avila também se propõe a cooptar o movimento buscando transformar o movimento #EleNão em um #HaddadSim, com um discurso de frente única com esses setores golpistas e reacionários em prol da defesa da democracia, mostrando a vontade do PT de desviar o ódio das mulheres que expressa para conciliar com os golpistas.
Frente a isso, nós mulheres do grupo Pão e Rosas levantamos um bloco independente, lutando contra Bolsonaro e a extrema direita sem ser massa de manobra da política petista de conciliação com os golpistas escravistas, defendendo uma saída anticapitalista para que sejam os patrões aqueles que paguem pela crise.