quarta-feira 1º de junho de 2016 | Edição do dia
O caso da jovem de 16 anos estuprada por mais de 30 homens, que ainda divulgaram as imagens na internet, escancara uma das faces mais cruéis do machismo: a cultura do estupro.
Neste 1o de junho, mulheres de várias cidades do país foram às ruas pra dizer: chega de estupros, chega de machismo!
Em Porto Alegre a manifestação, que se concentrou na Esquina Democrática, reuniu cerca de 4.000 pessoas, onde as mulheres eram a grande maioria. "Nem recatada e nem do lar, a mulherada tá na rua pra lutar" e "eta, eta, eta, Eduardo Cunha quer controlar minha buceta" cantavam, entre outras palavras de ordem.
Uma frente composta por diferentes coletivos feministas e organizou o ato, que começou por volta das 17h, com falas indignadas no microfone, seguido por uma grande marcha. A caminhada seguiu até a Praça da Matriz, e foi encerrada com uma roda de capoeira em frente à Catedral Metropolitana.
É fundamental a reação do movimento feminista neste momento de duros ataques contra os direitos das mulheres e do conjunto da classe trabalhadora. Além de solidariedade à todas que sofrem com a violência machista, é necessário resistência organizada das mulheres, frente às ameaças cotidianas e frente à um governo golpista que coloca na secretaria de mulheres uma evangélica, que é contra o direito ao aborto até nos casos de estupro.
FOTO: Mídia Ninja
