Cerca de 250 jovens tomam as ruas da cidade em menos de 24h após ter sido noticiado o aumento da passagem de ônibus para a bagatela de R$ 4,50. O próximo ato contra o aumento está marcado para sexta-feira (6), antecipado pelo ato desta quinta-feira (5) em resposta à chacina feminicida.
Ítalo GimenesMestre em Ciências Sociais e militante da Faísca na UFRN
terça-feira 3 de janeiro de 2017 | Edição do dia
Nesta terça-feira (3), terceiro dia de 2017, já tivemos um ato espontâneo de muita qualidade na cidade de Campinas contra o aumento da passagem de ônibus, anunciado na imprensa na noite de ontem (2), para o absurdos R$4,50 (antes R$3,80).
O ato saiu do Largo do Rosário, no centro, em direção ao Terminal Central, onde entrou para cantar palavras de ordem que estabeleceram um diálogo direto com a população, denunciando a precariedade do transporte público da cidade, esse absurdo aumento, e a ligação da Prefeitura com os empresários mafiosos do transporte. Em seguida, o ato seguiu até a prefeitura, onde foi feito um jogral de encerramento e convite para os próximos atos da semana.
Com grande maioria de juventude, em um ato muito enérgico que, além de expressar estar disposta a se enfrentar contra o aumento, não poupou os maiores inimigos da juventude e dos trabalhadores do momento: Temer (FORA!) e a polícia assassina, que massacra principalmente a juventude negra das periferias da cidade.
Ainda que em pequeno, este ato expressou que a juventude de Campinas não tá afim de ficar em casa nessas férias (ainda que grande parte dela já é trabalhadora), mas na rua lutando contra o absurdo que é esse aumento que o prefeito Jonas Donizette (PSB) quer nos impor.
O elemento mais positivo da manifestação foi o apoio expresso pela população durante todo o trajeto, que esteve aberta inclusive para conversar com os manifestantes, demonstrando muito acordo com a necessidade da luta.
Esses R$4,50 significam um aumento REAL (ou seja, sem contar a inflação), de 10%!!! Sabemos que esse aumento não vai pro salário do motorista, que aliás também não teve seu salário aumentado quando extinguiram os cobradores.
O tarifaço ocorre em diversas outras cidades, como São Paulo, Guarulhos, Santo André, no estado de São Paulo, mas também na cidade do Rio de Janeiro, em Brasília e certamente em mais lugares. Aumentam também a água na cidade de Campinas e em outras cidades, a conta de luz. Tudo aumenta, menos o salário do trabalhador.
Esse dinheiro vai para o bolso das máfias milionária do transporte que tem nessas e em diversas cidades, para o bolso do empresário. Aqui em Campinas, para a família Belarmino, dona do monopólio de transporte urbano. Jonas e os diversos prefeitos se rendem a essas máfias, não tocam na sua sede por lucro, e faz com que o direito à cidade da juventude seja atacado, assim como o salário do trabalhador, que a cada ano é obrigado a deixar uma parte cada vez maior desse salário no transporte para o trabalho.
Não pagaremos a crise dos empresários! Que esses paguem com seus lucros! 4,50 NÃO DÁ! REVOGA O AUMENTO JÁ! Estatização sobre controle dos usuários e trabalhadores do transporte, para acabar com a corrupção dessas máfia que financia a campanha de Jonas e diversos candidatos à prefeitura.
Thais, militante da Faísca, fala com o Esquerda Diário direto do ato e reforça o chamado para os próximos atos que ocorrerão essa semana:
