terça-feira 13 de agosto de 2019 | Edição do dia
Manifestantes contra a política de cortes e privatizante do governo Bolsonaro na educação, se concentraram em frente à Biblioteca Nacional de Brasília, no início da manhã desta terça-feira (13/8), antes de fazer uma passeata em direção ao Congresso Nacional e o Palácio do Planalto.
No Congresso Nacional eles se juntaram a 1500 lideranças indígenas femininas que protagonizam a Marcha das Mulheres Indígenas contra a política genocida de Bolsonaro em relação aos povos indígenas.
Também hoje em Brasília se realiza a Marcha das Margaridas, uma manifestação realizada desde 2000 por mulheres trabalhadoras rurais do Brasil. A data escolhida lembra a morte da trabalhadora rural e líder sindicalista Margarida Maria Alves, assassinada em 1983 quando lutava pelos direitos dos trabalhadores na Paraíba.
Assim como nos dia 15 e 30M, a juventude se pôs na vanguarda do movimento de resistência ao governo autoritário de Bolsonaro, a unificação dos atos em Brasília dá uma pequena mostra do papel de tribuno do povo que a rebeldia da juventude pode assumir. Porém, uma evidencia também do erro estratégico da recusa anterior de não unificar as lutas, entre a resistência contra os cortes na educação e a reforma da previdência, promovendo a união entre juventude e classe trabalhadora.
Fruto da política consciente de separação das lutas das centrais, CUT e CTB, e também da UNE, a unificação teria permitido a juventude contagiar com sua luta os trabalhadores que vinham na retaguarda. Contra a repetição dessa traição, é necessário batalhar em cada sindicato e centro acadêmico, nas entidades da classe trabalhadora, pela formação de um polo antiburocrático que impulsione pela base um plano de lutas consequente contra os ataques do governo Bolsonaro.