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CRISE CAPITALISTA | Em 2020 trabalhadores não tiveram reajuste real, Bolsonaro, governadores e STF são responsáveis

Um estudo realizado pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) demonstrou que o reajuste salarial mediano em 2020 foi de 3,5%, exatamente o mesmo número do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Em outras palavras, em 2020 não houve ganho real nos salários.

sexta-feira 22 de janeiro de 2021 | Edição do dia

Foto: Agência Brasil

Mesmo antes da pandemia Bolsonaro, os governadores que por vezes querem aparecer como oposição, bem como o STF se uniram e seguem unidos para descarregar a crise capitalista sobre os trabalhadores. A reforma da previdência aprovada no Congresso e nos estados bem como a reforma trabalhista, que com Bolsonaro se aprofunda com a MP 936 durante a pandemia, teve o aval do STF que atuou muito para proteger os lucros dos empresários lado a lado com Guedes e a presidência da república que inclui Mourão e os militares.

As negociações coletivas sobre teletrabalho durante a pandemia praticamente quadruplicaram, passaram de 1122 para 4042, tudo sob o silêncio das centrais sindicais, em especial as maiores dirigidas pelo PT e PCdoB como a CUT e a CTB respectivamente, que seguem numa paralisia absurda se limitando a organizar atos simbólicos (e não reais organizando as massas trabalhadoras para lutar pelo emprego por exemplo como no caso da demissão em massa na Ford) com o objetivo de acumular algum capital político para 2022.

A pesquisa da Fipe revela em última instância o que cada trabalhador já sente na pele, a diminuição do poder de compra do salário, o preço absurdo dos alimentos no mercado, o desemprego e a uberização. Tudo em meio a mais de 214 mil mortes pela COVID-19 em nome de manter os lucros capitalistas. Mortes que poderiam e ainda podem ser evitadas se os trabalhadores se auto organizam para colocar o controle do SUS, dos serviços e da produção sob suas mãos. Somente a classe trabalhadora unida e organizada pode dar uma resposta a altura da crise sanitária, a classe capitalista com suas instituições sempre colocará o lucro à frente das vidas. As grandes centrais sindicais como a CUT e a CTB podem cumprir um importante papel, pois juntas dirigem quase todos os sindicatos do país. Partidos que se colocam à esquerda do PT e do PCdoB como Psol ao invés de apostar em táticas parlamentares confiando na institucionalidade golpista poderiam estar engrossando essa exigência colocando seus parlamentares eleitos a serviço de organizar os trabalhadores. Não há saída por fora da luta de classes.




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