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JOÃO DÓRIA | Elogiando o MBL, Dória defende o projeto Escola Sem Partido

Em entrevista ao Estadão, o prefeito de São Paulo João Dória que está em Milão destilou diversos absurdos, mostrando que está do lado do MBL, da censura do Escola sem partido, contra as mulheres e lgbts. Além disso, está de olho nas eleições de 2018.

segunda-feira 16 de outubro de 2017 | Edição do dia

Na entrevista o prefeito, que está sendo cogitado como um dos possíveis presidenciáveis para 2018, disse que respeita o “valor, a trajetória e aquilo que eles defendem” se referindo ao MBL. Ou seja, defende a censura, o reacionarismo e a intolerância. Quando perguntado sobre o Escola Sem Partido disse que escola não é feita para fazer política, utilizando-se do mesmo argumento dos defensores desse projeto que quer censurar professores e estudantes dentro de sala de aula e proibir debates críticos sobre gênero, sexualidade e tudo que diz respeito à vida de jovens e trabalhadores.

O prefeito mostra também que está contra as mulheres ao negar o direito ao aborto alegando que respeita a constituição - que criminaliza a prática, o que leva milhares de mulheres a morte por abortos clandestinos. Em relação ao casamento homoafetivo, Dória não quis se comprometer e disse que precisa estudar e avaliar esse tema antes de responder a pergunta.

Dória, que foi criticado pela quantidade de viagens pelo Brasil, disse que não viaja de olho em 2018, mas porque está buscando melhorias para a cidade de São Paulo. Uma falácia que a população não está comprando, já que cotidianamente sente o que é a brutalidade de se viver em São Paulo, nas periferias, pagando caro e com transporte de má qualidade, além da péssima saúde e educação, onde até mesmo a comida das crianças é racionada e o prefeito ainda quer oferecer uma ração feita de produtos próximo ao vencimento para a população pobre e desnutrida.

O prefeito defende também Henrique Meirelles e sua política econômica, mostrando que está lado a lado dos ataques do governo golpista e dos planos de passar a reforma da previdência, um grande ataque à vida dos trabalhadores. Enquanto viaja por Milão, Dória também quer que trabalhemos até morrer.

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De olho em 2018, o prefeito tucano ensaia um discurso que diz ser de “centro”, “mais equilibrada para um país que precisa de paz e crescimento econômico”. Depois da sua aprovação cair 9 pontos em São Paulo e o plano de presidência em 2018 ser rejeitado pela maioria, o prefeito tenta se distanciar da imagem de Bolsonaro e diz que não é de direita.

Ao mesmo tempo, todos seus planos para a cidade mostram que seu objetivo é fazer de São Paulo uma cidade ainda mais marcada pela exclusão, onde para os pobres é comer lixo e violência, como vimos na Cracolândia, e para os empresários é a festa da privatização, vendendo tudo que for possível para que os ricos lucrem ainda mais com o que é dos trabalhadores. Para a arte, as mulheres, negros e lgbts, seu projeto é repressão e censura como vemos com sua defesa ao projeto Escola Sem Partido e ao MBL.




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