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Eliseu Padilha quer legitimar os ataques com as eleições municipais

O ministro golpista disse que o resultado eleitoral demonstra que a população apoia a premissa básica do governo Temer, que de acordo com ele é limitar as despesas e parar o endividamento.

segunda-feira 31 de outubro de 2016 | Edição do dia

De acordo com Padilha: “Os brasileiros viram que o Brasil não tem uma outra alternativa”. Esta avaliação de Padilha coincide com a de outros membros do núcleo politico do governo golpista.

O Planalto tinha a preocupação de que a votação e aprovação do PEC 241 na Câmara dos Deputados, na reta final do segundo turno das eleições, tivesse impacto negativo nas campanhas dos candidatos ás prefeitura. De acordo com o ministro da Casa Civil, o apoio da população é fundamental para o governo federal manter a base coesa na segunda fase da votação do Teto - em novembro.

’’Todos tomaram a consciência de que os gastos do governo não podem ser desenfreados, não se pode sair aumentando a conta todo ano sem nenhuma responsabilidade’’, afirmou.

O governo golpista de Michel Temer quer usar o resultado favorável das eleições municipais para legitimar as medidas impopulares que pretende implementar. Num momento onde o imperialismo acua Michel Temer para conseguir com que este aplique os ataques contra os trabalhadores e os setores populares da sociedade, Temer tenta de todas formas buscar implementar os ajustes que prometeu para os grandes empresários e banqueiros.

Vale a pena alertar que esta afirmação do governo golpista é problemática e tem diversos problema que é omitido de maneira consciente. O primeiro elemento contra a afirmação errônea do Planalto Federal é que em muitas cidades o número de votos nulos esteve a frente do primeiro candidato. Por trás destes números, existe um setor que não se vê representado pela direita golpista, mas também não se vê representado pelo PT.

Mesmo que a direita tenha se fortalecido com o resultado eleitoral, não anula o fato do golpe institucional ter sido um golpe institucional. Como já tínhamos denunciado aqui, o Golpe institucional só ocorreu porque os grandes empresários e banqueiros queriam que as medidas impopulares fossem muito mais duras do que o PT estava aplicando. Estas medidas impopulares não anulam o fato delas serem contra os trabalhadores e demais setores populares da sociedade.

Ao mesmo tempo que o governo Temer busca legitimar os ataques contra os trabalhadores e demais setores populares da sociedade, o Planalto não busca nenhum diálogo com as ocupações de escola e dos institutos federais contra a PEC 241 e a reforma do ensino médio. Para a direita, a vontade e a opinião destes milhares de estudantes não são levados em consideração. Até agora, o dialogo com as ocupações está sendo com muita repressão e criminalização, via Movimento Brasil Livre.

O Planalto esconde o fato de que o PMDB teve um péssimo resultado eleitoral nestas eleições municipais, e também não cita o fato de que a popularidade do presidente golpista está em baixa. Para o governo golpista é como se num piscar de olhos, toda esta situação desfavorável a ele mudasse.

Por sua vez, o PT com o seu discurso de ser uma oposição moderada aos golpistas mostrou ser um tremendo de um fracasso. Por trás da orientação de Lula de não incendiar o país, o PT quer conquistar a confiança dos grandes empresário e banqueiro de que ele pode voltar ao governo nas eleições de 2018. Isso mostra que mesmo com o golpe institucional, o PT segue buscando aliança com a direita ao em vez de enfrentar - lá.

Vale lembrar que durante a época dos governos Lula e Dilma, os grandes empresários e banqueiros foram mais favorecido. Para governos pros ricos, o PT teve que recorrer aos métodos da clássicos da direita de se fazer política. De um lado, este fator foi um dos motivos que desgastou o PT e fez com que este tradicional partido se afundasse numa crise profunda. Um dos motivos da direita ter ganhando maior expressão eleitoral é o PT, muita das vezes, ser o centro da investigação Lava Jato.

Para responder a crise política e econômica que o país vive, é necessário uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana imposta pela luta dos trabalhadores e demais setores populares da sociedade. Para isso, é preciso que a CUT e CTB rompam com a paralisia e trégua que deram para o governo golpista é organize na base uma greve geral.




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