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ELEIÇÕES 2018 | Eleitores e partido de Bolsonaro difundem centenas de fake news sobre urnas fraudadas

domingo 7 de outubro de 2018 | Edição do dia

Está em segundo lugar nos Trending Topics do Twitter (assuntos mais comentados na rede social) a tag #FraudeNasUrnasEletronicas, em que surgem diversos boatos e notícias falsas afirmando que há um boicote, uma conspiração nas urnas para impedir o voto no candidato Jair Bolsonaro e favorecer Fernando Haddad, do PT.

Uma das notícias falsas foi difundida pelo próprio Flávio Bolsonaro, filho do candidato à presidência e também candidato ao senado pelo PSL no Rio de Janeiro. Ele divulgava um vídeo falso, em que a urna supostamente completava automaticamente o voto à presidência com o número de Fernando Haddad. Após ter sido desmentido pelo TRE-MG, o candidato teve que recuar e apagar o vídeo, mas "se houvesse o voto impresso nada disso estaria acontecendo".

Os eleitores passaram a difundir vídeos em que dizem que as urnas não permitem o voto no candidato do PSL, como esse abaixo:

Inclusive policiais militares participam desse encenamento, como nesse caso de policiais do Distrito Federal, percentualmente o maior reduto eleitoral de Bolsonaro no país:

Também o presidente do PSL gravou e divulgou nas redes um vídeo falando das supostas fraudes:

O propósito dessa imensa difusão de notícias falsas é claro, e já vinha sendo antecipado pelo candidato semanas antes do pleito. A ideia é, caso ocorra uma derrota, deslegitimar o resultado das urnas. E, por outro lado, fortalecer a imagem absolutamente fictícia de que o candidato do PSL seria “anti-sistema”, mesmo estando no parlamento há décadas e tendo uma família que há muitos anos vive dos privilégios dos políticos no país.

O absurdo de que haveria uma manipulação eleitora a favor de Haddad é muito simplesmente desmentido pelo fato de que o judiciário esteve todo momento trabalhando contra o PT, primeiro condenando arbitrariamente Lula e até impedindo ele de dar entrevistas, enquanto cancelavam o título de quase 3,5 milhões de eleitores, particularmente no nordeste, onde o partido de Lula é mais forte. A desconfiança do sistema eleitoral pela direita serve para fortalecer a retórica militarista e golpista de Bolsonaro e Mourão.




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