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Eleições para DA ocorrem em meio a crise política e financeira da FSA | Eleições do Diretório Acadêmico na FSA

Nesta sexta-feira (28), ocorreu o debate entre as chapas "Juntos pela FSA" composta por estudantes da antiga gestão e novos ativistas da greve do primeiro semestre e a chapa "FAFIL para todos".

quarta-feira 2 de setembro de 2015 | 00:00

Com menos de dois meses desde a renúncia do Reitor Amilton, professor de História, e em meio a profunda crise financeira da universidade, cerca de 70 pessoas debateram junto as chapas as eleições que começaram nessa segunda-feira (31).

Apesar da polarização nacional que percorre o país, num aprofundamento da crise do PT, na região já tendo atingindo mais de 84% de desaprovação da presidente e a infeliz ausência de uma alternativa de esquerda que possa impedir o fortalecimento da velha direita, o debate entre as chapas não se relacionou a estes temas.

Com pouca diferença programática entre as chapas, um dos pontos destacados de diferenças entre as chapas foi sobre a organização do movimento estudantil. Mesmo com ambas as chapas reforçando a necessidade de ampliar, agregar e unir os estudantes, a principal diferença se demonstrou que a chapa "Juntos pela FSA" seguiu defendendo a horizontalidade e o Estatuto do Diretório Acadêmico contra os representantes de turma em defesa "do coletivo". Segundo o estudante Glauber de Ciências Sociais que esteve na mesa, o "movimento que se movimenta" é quem deve decidir os rumos do movimento estudantil. Já a chapa "FAFIL para todos" defendeu a organização da base dos cursos pela representações democráticas do curso, argumentando que muitos estudantes são trabalhadores e não podem participar da mesma maneira e com a mesma disposição, mas todos devem poder opinar e decidir sobre as decisões do movimento.

Estudantes de Geografia que se organizam na Faísca Revolucionária (MRT e independentes) intervieram no debate questionando a posição das chapas sobre a estrutura de poder para encarar a renúncia da reitoria e a necessidade de uma resposta dos estudantes para superar os limites impostas por essa organização. Para oferecer uma resposta concreta para unir o conjunto dos estudantes e poder verdadeiramente ampliar a participação dos estudantes na vida política foi feito um chamado pela agrupação a unificar as chapas e lutar pela construção por uma chapa unificada com centenas de estudantes em defesa da FSA buscando ligar as eleições a fundamental tarefa do movimento estudantil de aproveitar a profunda politização existente na juventude, combinada a crise da universidade que sem reitoria se estende uma crise política e financeira para oferecer uma saída independente onde os estudantes, professores e trabalhadores hoje efetivos e terceirizados possam controlar a universidade com maioria estudantil.

Na região do ABC, os jovens são profundamente atingidos com o desemprego crescente e com os cortes de verbas da educação, por isso a Faísca Revolucionária defende a necessidade de colocar em movimento os estudantes universitários para se enfrentar com os projetos em curso para a universidade para que desde ao acesso até o conhecimento ali produzido esteja a serviço dos trabalhadores e a responder aos problemas sociais da comunidade. Uma vez que as reitorias não estão preocupadas com a garantia a permanência estudantil e problemas com o pagamento das mensalidades gerando um contingente de inadimplentes a superação da crise econômica e da já antidemocrática organização da universidade só pode ser resolvida pela força com estudantes indagados em fazer história.




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