Governador do Rio Grande do Sul mal empossou e já declara apoio à reforma que promete fazer os trabalhadores trabalharem até morrer. Outros ataques estão previstos em sua agenda de maldades.
segunda-feira 4 de fevereiro de 2019 | Edição do dia
Um mês se passou e o novo governador do Rio Grande do Sul já mostra suas caras: em reunião com Paulo Guedes nessa segunda-feira (4), o tucano declarou “apoio incondicional” à reforma da previdência. Como sabemos, a reforma quer ampliar o tempo de contribuição dos trabalhadores, sendo uma das propostas de Paulo Guedes igualar o tempo entre mulheres e homens, bem como diminuir a aposentadoria. Ou seja, fazer com que os trabalhadores trabalhem até morrer.
Dessa forma Eduardo Leite alinha ainda mais o seu governo aos planos neoliberais de Paulo Guedes e Bolsonaro.
Outras medidas de ataques vem sendo prometidas pelo novo governador, como a privatização da CEEE, Sulgás e CRM. A mudança na regra previdenciária dos servidores também está na lista do pacote de maldades, bem como o congelamento do salário dos servidores por mais três anos de acordo com o Regime de Recuperação Fiscal que Leite está tentando fechar junto a Paulo Guedes e o governo Bolsonaro.
Com uma “cara nova diferente” da de Sartori, os ataques são os mesmos. Leite quer descarregar a crise econômica do estado nas costas dos trabalhadores.
É preciso desde já preparar uma grande mobilização dos trabalhadores contra o conjunto de medidas draconianas e neoliberais que o governo quer aplicar a nível federal e também no estado. E essa mobilização deve fazer com que os ricos paguem pela crise, e não os trabalhadores, impondo o confisco de bens dos sonegadores, o fim das isenções fiscais bilionárias para os grandes empresários e o fim dos privilégios dos políticos e da casta judicial. Apenas confiando em nossas próprias forças é possível fazer com que eles paguem pela conta da crise que eles mesmos criaram.
A nível nacional, as centrais sindicais, em especial a CUT e a CTB que são controladas pelo PT e PCdoB, devem romper a passividade que estão e preparar desde já uma ampla mobilização que faça com que os trabalhadores enfrentem o governo e barrem a reforma da previdência, também fazendo com que os capitalistas paguem pela crise. É um absurdo que as centrais estejam dando trégua ao governo de acordo com a estratégia eleitoral do PT de esperar até 2022. Precisamos erguer uma forte mobilização para barrar todos os ataques, a começar pela reforma da previdência.