×

Eduardo Bolsonaro quer criminalizar o comunismo, o igualando ao nazismo

quarta-feira 2 de setembro de 2020 | Edição do dia

Foto de Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Enquanto Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) quer calar a voz daqueles que lutam contra o capitalismo e suas mazelas contra a classe trabalhadora que é aquela que tudo produz e de quem a burguesia depende para tirar seus lucros, o mesmo aplaude o racismo, machismo, xenofobia e LGTBfobia, apoio típico de um fascista. O próprio governo Bolsonaro facilmente se enquadraria nessa lei, afinal, já fez reverências a vários líderes fascistas e nazistas: quando o secretário bolsonarista da cultura, Artur Alvin, interpretou líder Nazista e defende cultura como propaganda conservadora e nacionalista; quando Bolsonaro compartilhou frase do ditador fascista Mussolini; quando Bolsonaro bebeu leite em lives, imitando racismo da extrema-direita americana; etc.

Eduardo Bolsonaro diz querer combater o comunismo através de um projeto de lei apresentado na Câmara dos Deputados, com a intenção de criminalizar o comunismo o igualando ao nazismo, sendo a apologia nazista um crime previsto já na lei. O projeto seria redefinir a lei nº 7.170, de 14 de dezembro de 1983, onde passaria a ser crime contra a segurança nacional “qualquer referência a pessoas, organizações, eventos ou datas que simbolizem o comunismo ou o nazismo”. E ainda a lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que se refere a diretrizes e bases da educação, seria alterada para dar às escolas "a incumbência de adotar medidas destinadas a conscientizar os estudantes sobre os crimes cometidos por representantes dos regimes comunista e nazista".

Projeto absurdo que deixa claro o medo que a extrema direita tem das ideias marxistas e comunistas, ainda usando o stalisnismo para distorce-las, colocando como se Stalin fosse a verdadeira figura do comunismo. O bolsonarismo quer escalar de qualquer forma para assumir um autoritarismo contra tudo aquilo que pode levar as massas a se levantarem. Usam desse discurso para tentar abrir espaço para reprimir ainda mais a classe trabalhadora com seu aparto policial, na tentativa de deslegitimar qualquer ato contra o governo Bolsonaro.

Enquanto nos EUA a onda da luta antirracista assola o país e causa um terremoto neste ano eleitoral, mais um caso racista da polícia aconteceu com Jacob Blake. Contra o levante de manifestações do Black Lives Matters depois desse caso, um supremacista branco de 17 anos saiu às ruas armado, matando dois manifestantes – Eduardo Bolsonaro defendeu o ato repugnante desse supremacista branco dizendo que “Kyle Rittenhouse, de 17 anos, junto com seus amigos e vizinhos foi defender sua propriedade, integridade física e vida pois os terroristas do BLM (black lives matter) estavam indo para lá deixando destruição e feridos por onde passavam”. Ou seja, Eduardo deixa claro que está ao lado daqueles que repudiam os negros, colocando os manifestantes como terroristas, para acompanhar a ideologia de Trump, seu líder a quem se ajoelha.




Comentários

Deixar Comentário


Destacados del día

Últimas noticias