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Edison Urbano lança “Brasil: ponto de mutação” no V Salão do Livro Político

Edison Urbano lança “Brasil: ponto de mutação” no V Salão do Livro Político

Ocorreu no dia 30 de maio, no Tucarena, das 14h às 17h, o debate “Hegemonia cultural, antifascismo e a defesa da educação”, como atividade de encerramento da programação da quinta Edição do Salão do Livro Político e também como chamado e concentração para as manifestações do dia 30M, contra os cortes de Bolsonaro na Educação. Compuseram a mesa Edison Urbano (organizador de “Brasil: ponto de mutação”, Edições Iskra), Sabrina Fernandes, Acácio Augusto, Peter Pál Pelbart e Pedro Mozón, com mediação de Pedro Fassoni.

Depois de saudar a mudança na programação pelos organizadores do V SLP, para que todos pudessem estar nas ruas, Edison Urbano falou da gravidade do momento que vivemos, da conjuntura internacional e daquele que é o assunto mais falado do momento e tema central do livro: as eleições que levaram Jair Bolsonaro ao poder.

Mesa de encerramento do V Salão do Livro Político, da esquerda para a direita: Acácio Augusto, Edison Urbano, Sabrina Fernandes, Pedro Fassoni, Pedro Mozón e Peter Pal Pelbart.

Edison Urbano fez, ainda, as devidas correlações com o momento que vivemos e destacou a importância de recorrer às teorias, mas sempre pensar “com a própria cabeça” e orientado para a prática da luta. Assim, explicou como se conjugam no livro conceitos como o de “crise orgânica”, conforme a define Antonio Gramsci, e “bonapartismo’, segundo Karl Marx e Leon Trotski, para chegar à original – além de precisa – caracterização dada ao regime que marcou o último período no Brasil: “bonapartismo judiciário”, tanto quanto para pensar o bonapartismo de Bolsonaro, que pode ser classificado como “imperial”.

Edison Urbano fala ao público sobre os dilemas da esquerda no atual cenário e o debate de estratégias que adquire cada vez mais relevância

Outro tema proposto para os debatedores da mesa foi a “luta antifascista”. Sobre isso, pontuou Urbano que a palavra não deve ser apenas tomadano sentido em que a trata o senso comum, muito menos pelo significado que lhe atribui alguns setores da esquerda, interessados em disseminar o discurso do medo. Para tanto, recorreu novamente a Trotski, retomando a definição precisa oferecida pelo revolucionário russo no contexto da ascensão fascista dos anos de 1930, fazendo as devidas diferenciações com o momento presente. Remarcou, ainda, como agem as centrais sindicais, controladas por partidos como PT e PC do B, que, ao manterem a paralisia, atrasam a luta da classe trabalhadora contra um governo corrupto que só a espolia, e aproveitou para lembrar que, apesar do discurso presente no senso comum de que os sindicatos não são relevantes, depende justamente deles os rumos das lutas, ou seja, se vão à esquerda ou se, mais uma vez, trairão a luta em curso ao sentar para negociar com o governo de Jair Bolsonaro.

Sessão de autógrafos e bate-papo com Edison Urbano, organizador de “Brasil: ponto de mutação”

Ainda como parte das atividades de lançamento de “Brasil: ponto de mutação” no V SLP, as Edições Iskra promoveram uma sessão de autógrafos e bate-papo sobre o livro com Edison Urbano, que, ademais de selecionar e organizar os artigos originalmente publicados no suplemento teórico Ideias de Esquerda, é também autor de alguns dos textos que saíram no livro. Entre eles, destaca-se o carro-chefe, “Regime em ponto de mutação?”, e o Apêndice, “Qual caminho, para qual resistência?” – duas perguntas instigantes sobre cujas possíveis respostas Edison conversou com os que estiverem presentes no dia 28 de maio na feira de livros que faz parte do evento.

Além do lançamento “Brasil: ponto de mutação”, que tem em seu time combativo de autores Simone Ishibashi, Iuri Tonelo, Daniel Matos, Thiago Rodrigues, André Acier, Odete Cristina, Danilo Magrão, Mauro Sala, Fernando Pardal, Daniel Alfonso e Fernanda Montagner, as Edições Iskra estiveram presentes com diversos títulos de seu catálogo, como o recém-lançado “Rosa Luxemburgo – pensamento e ação”, de Paul Frölich, e “A Revolução de Outubro”, de Leon Trotski, em parceria com a Boitempo, e “Precarização tem rosto de mulher” e “Lutadoras”, ambos com organização de Diana Assunção.

VEJA VÍDEO NA INTEGRA - https://youtu.be/B0velO-cT-U

VEJA INTERVENÇÃO DE EDISON URBANO - https://www.youtube.com/watch?v=F6-qpSh9yvA&feature=youtu.be


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