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CUBA x EUA | EUA retiram Cuba da lista de países que patrocinam o terrorismo

Juan Andrés GallardoBuenos Aires | @juanagallardo1

quinta-feira 4 de junho de 2015 | 00:11

O presidente norte-americano, Barack Obama, tinha anunciado em 14 de abril que tiraria Cuba da lista de países que patrocinam o terrorismo. Um processo de revisão que durou 45 dias e se encerrou esta sexta, com o anúncio formal do Departamento de Estado.

A retirada de Cuba da lista é uma medida commais significado simbólico do que prático, uma vez que muitos dos benefícios que poderiam ser obtidos por Havana estão limitados por outras sanções, efeito do embargo econômico vigente desde o início dos anos 60. Segundo a agência Reuters, um funcionário estadounidense assinalou que “rescindir (...) a designação de Cuba é um passo importante, porém, nos assuntos práticos, a maioria das restrições a exportações e a ajuda extrangeira seguem de pé, devido ao amplo embrago comercial e de armas.

Cuba disse que sua inclusão na lista de países que patrocinam o terrorismo era um obstáculo para reestabelecer relações diplomáticas e para que as chamadas Seções de Interesse em Washington e Havana se transforme em embaixadas. Desde o ponto de vista prático, Cuba não poderia abrir uma conta bancária no EUA para o funcionamento de sua embaixada neste país, por isso se espera que um dos passos seguintes seja avançar na reabertura de sedes diplomáticas em ambos os países.
Washington tinha colocado Cuba na lista de nações patrocinadoras do terrorismo em 1982, quando disse que Havana apoiou movimentos guerrilhieros armados na América Latina. Isso apenas demonstra o enorme cinismo com que os EUA manejam a definição de terrorismo confrme seus interesses.

Cinismo imperialista

A idéia que os EUA tenham uma lista de países patrocinadores do terrorismo não passa de prova de uma hipocresia absoluta, já que se trata do estado que mais financiou e apoiou ações terroristas ao longo de sua história. Para pegar somente as últimas décadas basta dizer que os EUA não apenas apoiou a todas e cada uma dasa ditaduras latino amaericanas durante os anos 70, mas como financiou diversos grupos para desestabilizar governos surgidos de processos revolucionários em todo o mundo. Armou e financiou os Contras na Nicarágua, fez o mesmo com o governo do Iraque para iniciar uma guerra contra o Irã, logo após a Revolução de 79 e também o fez os Talibãs no Afeganistão contra a URSS. Curiosamente, surgiu disso dois daqueles que seriam os “inimigos número 1” dos EUA anos depois. Saddam Hussein no Iraque e a Al Qaeda no Afeganistão.

Depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, EUA desenhou seu próprio esquema para determinar o que é terrorismo e o que é antiterrorismo. George W. Bush, em um discurso histórico, “advertiu” o mundo que “quem não está conosco está contrá nós”. Depois desse discursose instalaram centenas de prisões clandestinas na Europa, Oriente Médio e Ásia em que se torturou e humilhou milhares de pessoas acusadas de terrorismo sem nenhum tipo de controle. Uma dessas prisões se encontra em Guantánamo, dentro da própria ilha de Cuba e, apesar das promessas de Obama de que a fecharia, ainda segue em funcionamento.

Estados Unidos é o principal aliado do estado terrorista de Israel, maior destino de ajuda militar, que utiliza métodos terroristas para assasinar e amedrontar a pobulação palestina em Gaza e na Cisjordania. Outro de seus aliados, a arábia sauduta, esteve a frente de finaciar a destruição da Primavera Árabe e em apoiar os grupos sunitas descontentes com a (des)ordem decorrente do descalabro das guerras americanas no Iraque e no Afeganistão. Outra vez, parodiando a história, foi de uma parte desses decontetes que surgiuo Estado Islamico, novo inimigo número 1 dos EUA.

A doutrina imposta pelos EUA dpoeis dos atentados de 11S foi aplicada dócilmente por muitos dos governos da região, incluíndo aqueles que se dizem progressistas, na forma de “leis anti-terror” que atacam os direitos a manifestação popular, aumentando as penas, e em alguns casos, permitindo uma maior ingerencia dos EUA, o que inclui bases militares, exercícios conjuntos, espionagem e a própria intervenção militar Estadounidense como no caso da chamada “luta contra o narcotráfico”

Como vemos, dificilmente pode os EUA ter algum tipo de autoridade para determinar algo que se pareça com uma lista de países patrocinadores do terrorismo. Sem ir mais longe no caso da inclusão de Cuba nesta lista, por decisão do governo Reagan em 1982, podemos dizer que significou um maior fortalecimento do embargo econômico que asfixiou Cuba durante anos, gerando perdas milionarias e enormes prejuízos para sua população.




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