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DISPUTAS ORÇAMENTÁRIAS | ESCÂNDALO: Cerca de 6 Bilhões do orçamento federal viriam do ataque aos servidores

As disputas entre o governo Bolsonaro e o congresso sobre o orçamento federal acabaram em um acordo que tem um resultado bem claro: continuar avançando sobre os direitos dos trabalhadores, negociando bilhões que sairão dos direitos dos servidores públicos. Cerca de 6 bilhões de reais estariam condicionados a aprovação da reforma administrativa.

sexta-feira 6 de março de 2020 | Edição do dia

As recentes disputas entre legislativo e executivo, que tem nesse momento como foco principal o comando do orçamento bilionário do governo federal, é uma das expressões das fraturas no regime brasileiro e como seguem as batalhas pela hegemonia em cada ala do golpismo. Mas uma coisa é certa: o ponto comum entre o Bolsonarismo e o Centrão representado por Maia e Alcolumbre é aprofundar os ataques contra os trabalhadores, como foi a reforma da previdência que nos fará trabalhar até morrer, para beneficiar os capitalistas e o imperialismo mas também para dividir os espólios destes roubos de nossos direitos.

Em um cenário econômico que permanece fraco, com um crescimento do PIB inferior ao esperado prova de que a falácia do discurso ultra-liberal de Paulo Guedes e do entreguismo bolsonarista não se reverte em crescimento e sim em mais precarização das condições de trabalho, como a MP do trabalho verde amarelo que acaba com o futuro da juventude trabalhadora, os parlamentares e o governo seguem negociando nossas vidas.

As disputas palacianas parecem esconder fatos que queremos desvelar: os bilhões de reais negociados sairão das reformas, como a reforma administrativa que acabará com os direitos de milhares de servidores. Estima-se que, de um montante de 17,5 bilhões que serão administrados pelo congresso, o gasto de R$ 6 bilhões estará condicionado à aprovação até julho da PEC Emergencial, que prevê corte de gastos com pessoal da administração pública, inclusive com redução de jornada, vencimentos e demissão de servidores não estáveis.

Diante deste cenário onde o Bolsonarismo testa terreno, avançando para degradar ainda mais o regime incentivando atos contra as instituições democráticas para arrasar com nossos direitos, Câmara e Senado, querem parecer os paladinos da “democracia” mas seguem igualmente aprofundando os ataques contra a classe trabalhadora para beneficiar os capitalistas. Somente a mobilização dos trabalhadores organizados, apoiando-se nas lições da importante greve dos petroleiros que se enfrentou com o projeto privatista de Guedes e Bolsonaro, buscando superar os limites das direções burocráticas e construindo a auto-organização podem apontar uma saída contra estes parasitas.




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