Nesta terça-feira, mais uma manifestação foi realizada contra o fechamento das escolas E.E. Maria Eugênia Martins e do ensino médio da E.E. Augusto do Amaral, surgindo na região dessas escolas – Jaguaré, Zona Oeste da capital – mais um grito forte contra a “reorganização escolar” de Alckmin e Herman.
terça-feira 17 de novembro de 2015 | 23:15
Mais de 100 alunos e professores caminharam pelas ruas do bairro, dialogando com a população e recebendo muito apoio em buzinadas e aplausos pelo percurso. Uma mãe de aluno da EE Maria Eugênia, que saía do mercado com várias sacolas, decidiu acompanhar o ato, declarando total apoio à luta dos estudantes.
Em ambas as escolas, a polícia foi acionada.
Claramente, foi mais uma demonstração da força dos estudantes que estão protagonizando a luta contra os fechamentos, em meio a mais de 40 ocupações de escola e dezenas de atos diários. E também foi demonstração do medo que o governo tem dessa mobilização estadual, que começa a colocar em xeque os seus planos de precarização total da educação pública.
Ao final, a aluna Lívia Cristina da EE Amaral declarou: “Nós chamamos essa manifestação não por vandalismo nem nada disso, como a mídia diz. Aqui vários de nós já vamos para o segundo ou terceiro ano no ano que vem e ninguém quer mudar de escola de última hora. A Maria Eugênia vai fechar e isso não é justo. O governo vai fazer isso com as escolas e a gente nem foi avisado. Ele vai fazer isso pra juntar mais dinheiro pra ele. Vamos continuar gritando pelas nossas escolas, todo mundo que vier junto! Quanto mais força, melhor!”
E a professora Luciana Machado Vizzotto, da EE Maria Eugênia, disse: “São vocês hoje que estão dando aula de como lutar contra o governo, que está querendo acabar com o futuro de vocês e com o sustento e trabalho dos professores e trabalhadores das escolas. Vocês estão de parabéns e podem contar com os professores. Estamos juntos!”
O ato, que se iniciou na Maria Eugênia, foi encerrado em frente à Amaral, mostrando que os alunos do Jaguaré estão unidos e também dispostos a resistir.
Acompanhe as 38 escolas ocupadas em SP:
1. E.E. Fernão Dias Paes (Pinheiros, zona oeste)-
2. E.E. Diadema, antigo Cefam
3. E.E. Salvador Allende (Cohab José Bonifácio, zona leste)
4. E.E. Heloísa Assumpção (Osasco)
5. E.E. Castro Alves (zona norte)
6. E.E. Valdomiro Silveira (Santo André)
7. E.E. Dona Ana Rosa (Vila Sônia, zona oeste)
8. E.E. Antônio Manuel Alves de Lima (Jd. São Luís, zona sul)
9. E.E. Sílvio Xavier Antunes (Piqueri, zona norte)
10. E.E. Oscavo Paulo (Bangu, Santo André)
11. E.E. Comendador Miguel Maluhy (Campo Limpo, zona sul)
12. E.E. Elizete Oliveira Bertin (Embu das Artes)
— 13. E.E. Antônio Adib Chammas (Santo André)
— 14. E.E. Cohab Inácio Monteiro III (zona leste)
15. E.E. Mary Moraes (Portal do Morumbi)
16—. E.E. José Lins do Rego (Jd. Ângela, zona sul)
17. E.E. Coronel Antonio Paiva de Sampaio (Osasco)
18. E.E Professora Neyde Apparecida Sollitto ( Jd. das Palmas, z/s)
19. E.E Prefeito Mario Avesani (Interior paulista)
20. E.E. Flávio José Osório Negrini (Jd. Olinda, zona sul)
21. E.E. João Kopke ( Luz, centro)
22. E.E. Délcio de Souza Cunha (Diadema)
23. E.E. Padre Sabóia de Medeiros (Chácara Santo Antonio, z/s)
24. E.E. Sinhá Pantoja (Recanto Santo Antonio, zona sul)
25. E.E. Egídio Damy (Brasilândia, zona norte)
26. E.E. Astrogildo Arruda (Nila Carolina)
27. E. E. Maria Elena Colonia (Mauá)
28. E.E. Godofredo Furtado (Pinheiros, zona oeste)
29. E.E. Eloy de Miranda (Jundiaí)
30. E.E. Stella Machado (Bauru)
31. E.E. Roger Jules Carvalho Mange(Itaim Paulista, zona leste)
32. E.E. Prof. Astrogildo Arruda (São MIguel Paulista, zona leste)
33. E.E. Marilsa Garbosa ( Jd. São Luiz, zona sul)
34. E.E. Délcio Souza (Diadema)
35. E.E. Eloy de Miranda (Jundiaí)
36. E.E. Stella Machado (Bauru)
37. E.E. Dr. Américo Brasiliense (Santo André)
38. E.E. Carlos Gomes (Campinas)
