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GREVE USP | EACH USP Leste entra na greve estudantil

Nesta segunda feira (23) cerca de 400 estudantes reunidos nas assembleias dos estudantes da EACH, uma ocorrida no período da tarde e outra no noturno, deliberaram greve estudantil imediata, construindo um calendário de mobilização para massificar a luta no campus da USP localizado na zona leste de São Paulo.

terça-feira 24 de maio de 2016 | Edição do dia

A decisão de entrar na greve, deliberada por ampla maioria dos presentes nas assembleias, traz os estudantes da EACH para essa que pode ser a maior greve da educação no último período, onde diversos cursos já estão paralisados, alguns inclusive com ocupação de prédio. Essa decisão confluiu com a entrada em greve também dos professores universitários da ADUSP, o que fortalece ainda mais a mobilização em defesa da educação pública na USP, onde os funcionários já estão em greve também, inclusive paralisando diversos postos de serviço na EACH.

Além da USP, diversos campis da Unesp e também da Unicamp estão em greve e mobilizados, inclusive com a ocupação da reitoria em campinas. Além disso, a mobilização estudantil conta com uma poderosa força de fora das universidades, que são os secundaristas, os primeiros a derrotarem Alckmin e que nos mostram o caminho para seguir nossa luta. Dessa forma, é imprescindível para nossa vitória que a EACH esteja conectada com a greve do Butantã, sem abandonar suas pautas específicas, mas também que toda a USP se unifique com a luta estadual na escolas e universidades.

Essa greve da educação pode barrar os cortes de todos os governos, sejam os estaduais, seja o governo federal golpista de Michel Temer. Por isso, foi muito importante que os estudantes da EACH tenham deliberado uma consigna que debate a questão nacional juntamente com a luta contra os cortes. Dessa forma, o mote aprovado para a greve estudantil da USP Leste foi: “Em defesa da EACH, da educação e da saúde públicas: Contra o desmonte da USP! Contra a desvinculação do H.U.! Por cotas e permanência estudantil, contratação e melhores condições de trabalho e em defesa da democracia!”. Porém, é importante ressaltar que não há como defender essa democracia brasileira podre, das oligarquias, regida através do boi, da bala e da bíblia. É importante lutar contra o governo golpista de Temer, pois o golpe se deu contra as conquistas dos trabalhadores existentes neste regime, como o voto universal, e visa passar cortes ainda mais profundos nas condições de vida dos trabalhadores e da juventude.

A entrada da EACH na greve da USP pode aprofundar muito a força da mobilização, pois foi do nosso campus na zona leste que surgiram as principais lutas estudantis do último período na USP, como a luta por permanência que os estudantes da EACH protagonizaram. Além de que na linha de frente da EACH estão os setores mais oprimidos da USP, já que neste campus contamos com mais estudantes negros e de escolas públicas do que o Butantã. O primeiro curso a entrar em greve na EACH, de Obstetrícia, mostra que as mulheres são a ampla maioria e as protagonistas da nossa mobilização!




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