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ESCÁRNIO | "É psicose" se preocupar com os jantares (e negociatas) de Temer, diz Gilmar Mendes

segunda-feira 7 de agosto de 2017 | Edição do dia

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou nesta segunda-feira, 7, que a imprensa criou uma ’psicose’ em torno das visitas que o presidente Michel Temer recebe no Palácio do Jaburu sem registro na agenda oficial. Sua defesa de seus amigos e comparsas políticos e empresariais não tem limites. Não tem nada de suspeito para ele as visitas, jantares bancados pelo erário, compra de parlamentares. Quem se preocupa com isso está com psicose.

"O presidente não precisa se preocupar em colocar ninguém na agenda, que esteja recebendo para um jantar. Foram várias pessoas. Vocês criaram essa psicose aí em torno do encontro com o presidente da República. Isso é uma bobagem", declarou Gilmar, em entrevista à Rádio Gaúcha.

Além de se julgar acima da lei, acima dos seres humanos mortais e tocáveis pelas leis, o que ele não é, garantido que só poderia julgado por pares na Comissão Nacional de Justiça, agora quer transformar em patologia quem é contrário aos mais absurdos e escancarados crimes, corrupção e negociatas que se tem visto.

Psicose, "fixação", ou "balção de negócios"?

Na noite de 7 de março, Temer recebeu no Jaburu o empresário Joesley Batista, da JBS, que o delatou à Procuradoria-Geral da República, mergulhando seu governo na pior crise política.

O próprio Gilmar foi recebido na noite deste domingo, 6, mas seu nome não apareceu na agenda de Temer.

Ao falar de seu relacionamento com o senador Aécio Neves (PSDB/MG), alvo da Operação Lava Jato, o ministro disse que está na vida pública desde os anos 1980. E tudo está permitido, portanto, quem estiver o criticando é "psicótico". Um juiz do Rio de Janeiro, anos atrás deu voz de prisão a uma funcionária pública que o questionou se ele se achava deus, e por desacato foi presa. Gilmar e aquele juiz são somente a cara mais descarada de uma casta de privilegiados que arbitraram sobre a política e avançam em medidas repressivas, como manter 40% da população carcerária presa sem sequer ser julgada.

Com informações da Agência Estado




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