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Greve de professores do RJ | É preciso endurecer a luta contra o governo Dorneles/Pezão!

Reproduzimos o panfleto que será distribuído na assembléia que ocorre hoje (24/05) dos professores da rede do estado do RJ em greve, seguida de ato.

Carolina CacauProfessora da Rede Estadual no RJ e do Nossa Classe

Ronaldo FilhoProfessor da rede estadual do RJ

terça-feira 24 de maio de 2016 | Edição do dia

É preciso endurecer a luta contra o governo Dorneles/Pezão!

A força de nossa greve somada à pressão política das ocupações tem levado o governo a mostrar que não quer dialogar e que vai reprimir duramente os movimentos pela educação. A violenta desocupação da SEEDUC, a repressão na escola Central do Brasil e os recentes ataques do desocupa no Amaro Cavalcante e colégio Raul Vidal, são episódios de repressão que revelam o autoritarismo do novo secretário Wagner Victer, o “gerenciador de crises” como se auto-denomina.

Em todos os momentos os estudantes contaram com o apoio de professores que agiram de forma independente do sindicato ao se deslocarem para os locais, pressionando a polícia e providenciando socorro e alimento, e denunciando tanto a postura repressiva e violenta do governo quanto à falta de um apoio ativo do SEPE, frente ao que acontecia com o movimento das ocupações. A unificação das lutas e apoio material as ocupações é algo que foi definido em assembleia e parte da direção do SEPE não leva adiante uma política concreta para isso se efetivar, deslegitimando também as decisões votadas no comando de greve eleito pela base e assembleias, impedindo o debate político claro e a orientação para avançarmos nossas ações contra o governo em todas as esferas. Algo muito grave, principalmente em um momento de grande mobilização e de ataques da Seeduc e do governo Pezão/Dorneles.

Unificar para resistir

Se o que buscamos como categoria é potencializar nossa luta ao nos mobilizarmos, não podemos negligenciar a existência e ação das ocupações, dos trabalhadores e estudantes da FAETEC e UERJ e de chamar a sociedade para nossa luta alertando que a consolidação das políticas neoliberais de precarização, cortes e privatização do governo golpista do Temer e do governo Dorneles/Pezão, irá afetar diretamente a todos.

Também não podemos negligenciar o que acontece na estrutura de nosso sindicato, pois é ali também que se constrói, avança ou retrocede nossa greve.

Hoje teremos mais um ato que não pode ser rotineiro como os últimos, mas massivo e radicalizado como votamos na última assembleia. Se não pararmos a cidade o governo seguirá nos enrolando! É preciso responder aos perigos de nossa greve com a unificação dos movimentos pela educação do RJ, aumentando o coro dos movimentos de ocupação do RS, CE, SP. Unificar greves e ocupações, parar a cidade e ocupar tudo o que for nosso!

Propostas para avançarmos na luta pela educação e contra o governo golpista de Temer

O debate da assembleia de hoje se dará em torno da unificação da greve com as ocupações, com outros movimentos pela educação e com a população para construção de manifestações que pressionem o governo e debatam a conjuntura política nacional que pauta nosso movimento.

Temos potencial para unidos em todo o estado, realizar atos descentralizados simultâneos em várias cidades que fechem grandes vias com panfletagem em locais de grande movimento alertando sobre a política cruel que se impõe sobre nós e chamando a população para nos unirmos nesta luta. E não aceitaremos mais enrolação da SEEDUC e do Dorneles, queremos as pautas que supostamente foram atendidas, publicadas oficialmente

Mas não podemos tratar nossa greve como uma luta isolada da situação política em que vive o país com um governo golpista que quer avançar ainda mais nos ajustes que o PT já vinha implementando contra a educação e os trabalhadores. A CUT e a CTB, duas centrais sindicais com peso nacional, até agora nada fizeram para derrotar este governo golpista.

É fundamental unificar as lutas nacionalmente contra os ataques de Temer e dos governos para construir um grande movimento nacional contra os golpistas e seus ajustes. E que isso abra caminho para um questionamento cada vez mais profundo a esse sistema político podre, e ao sistema econômico injusto que ele serve para proteger, avançando a partir das lutas para uma nova constituinte livre e soberana construída pelos trabalhadores que responda os problemas sociais do país e acabe com esta democracia dos ricos. Não podemos subestimar nossa força. A união dos movimentos em lutas pode ser potencializada com o apoio da população e mudar as regras do jogo, dessa vez a nosso favor!




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