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DESMONTE DA USP | É preciso defender a creche do Hospital Universitário da USP

Superintendente do Hospital Universitário, Waldyr Jorge, fecha creche avançando com o desmonte da Universidade. É preciso defender essa conquista fundamental das trabalhadoras e trabalhadores.

domingo 24 de janeiro de 2016 | 13:28

Na ultima sexta, 22/01, Waldyr Jorge, Superintendente do Hospital Universitário da USP fechou a creche do HU que funcionava a mais de 25 anos alegando irregularidade, atuando de acordo com as orientações da Reitoria que desde o ano passado vem levando adiante um verdadeiro desmonte na Universidade. Um claro ataque aos direitos das trabalhadoras e trabalhadores, em especial às mães e às crianças.

Sobre a situação das mães e trabalhadoras da creche, Bárbara Delatorre, trabalhadora do HU, representante dos trabalhadores na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e membro da Secretaria de Mulheres do Sintusp na Executiva Nacional do Movimento Mulheres em Luta, comentou que "A tristeza das mães e das tias da creche é muito grande com essa situação. Foram anos cuidando dos filhos das outras mães que trabalham no HU em que criaram um vinculo com elas. Algumas mães deixaram o primeiro, o segundo e o terceiro filho lá. Muitas que estão grávidas hoje se planejaram contando com a creche. Ainda que seja dado, para algumas, o auxílio creche em dinheiro isso não basta, pois na creche do HU uma enfermeira ou técnica de enfermagem que precise, por conta da rotina do trabalho, ficar até mais tarde dando assistência de urgência à um paciente, encontravam a compreensão das trabalhadoras da creche que conhecem a dinâmica de um hospital. Além disso, com a creche no local de trabalho a amamentação estava garantida pelo menos até os 2 anos da criança. Se haviam melhorias a serem feitas para melhor atender as crianças e mães, essa deveria ter sido a atitude do superintende Waldyr Jorge e não decretar seu fechamento. W. Jorge está atuando contra o direito das mulheres, e não vamos aceitar isso. Na última semana organizamos uma panfletagem no Hospital com as companheiras da Secretaria de Mulheres do Sintusp e na próxima semana vamos organizar novas medidas."

Marcelo Pablito, dirigente do MRT e diretor do Sintusp, relembra que o ano de 2015 foi de intensa luta contra o fechamento das vagas das creches da USP "Desde o início do ano passado, quando o reitor Zago não permitiu que novas crianças entrassem nas creches, estamos lutando contra essa política da reitoria que na prática significa fechar as creches. É parte do plano de desmonte da USP que Zago vem levando à frente e que recai em primeiro lugar sobre as mulheres da universidade.É importante ressaltar também que está circulando na internet um ofício em nome do Sintusp que pede a transferência das crianças para outra creche. Este ofício não foi discutido em nenhuma instância do sindicato e não representa a posição da Diretoria do Sintusp, que publicou em boletim reiterando sua posição contrária ao fechamento da creche. Esse ofício também não representa a posição do Movimento Revolucionário de Trabalhadores, que é parte da direção do Sintusp. Já foi enviado ofício ao superintendente do HU pedindo que reveja imediatamente o fechamento da creche e que tome todas as medidas para a manutenção da mesma, e seja feita uma nova reunião com o sindicato e as trabalhadoras envolvidas. Não vamos retroceder na luta em defesa das creches e colocaremos todas as nossas forças para organizar esta luta."




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