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Greve | "É inaceitável a arbitrariedade da justiça pra enfraquecer a greve dos metroviários de BH", diz Flavia Valle

Conversamos com Flavia Valle, professora em Minas Gerais e militante do MRT, sobre a greve dos metroviários de Belo Horizonte.

terça-feira 28 de dezembro de 2021 | Edição do dia

"Os metroviários de BH entraram em uma forte greve no dia 23, lutando contra a privatização para garantirem seus empregos e continuarem a luta por um metrô público, ampliado e de qualidade.

A justiça, como sempre, foi mais do que rápida para garantir os interesses da empresa e ferir o direito de greve dos trabalhadores. A pedido da CBTU, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou o funcionamento de 100% dos trens nos intervalos das 5h30 às 10 horas e das 16h30 às 20 horas, ou seja, nos horários de pico, buscando enfraquecer o movimento dos trabalhadores e a potencialidade da greve.

A resolução também garantiu o funcionamento do metrô no dia 24, véspera de Natal e prevê o funcionamento no dia 31/12. Tudo isso, mostra que são os trabalhadores quem movem o mundo, quem são essenciais para que tudo funcione, e são os rostos - muitas vezes invisíveis - por trás do atendimento prestado à população.

Apesar do sucateamento proposital e consciente dos governos aos serviços públicos, a precarização do trabalho e vários casos de assédio moral que enfrentam os metroviários, esses trabalhadores estão em greve também para que a população não sofra ainda mais com transporte caro, inseguro e precário, o que seria uma realidade cada vez mais latente em caso de privatização.

A arbitrariedade da justiça pró patronal e governos, que quer controlar a greve dos metroviários, seus impactos e sua potencialidade, deve ser amplamente rechaçada junto aos governos estadual e federal que querem privatizar o metrô, deixar milhares de trabalhadores nas ruas em meio às crises sanitária, econômica e social e encarecer e precarizar o transporte, tudo para enriquecer ainda mais um punhado de empresários.

Em nome do Esquerda Diário, colocamos nossas redes à disposição para amplificar essa luta, e chamamos aos meus colegas professores, sindicatos das mais diversas categorias, movimentos sociais, juventude e organizações de esquerda, para cobrirem de solidariedade essa greve, e dizer que, se governos e justiça estão unidos para atacar os trabalhadores, seu direito de greve e beneficiar os capitalistas, a força da nossa classe unida em luta é o que pode fazê-los tremer".




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