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JUVENTUDE UNIVERSITÁRIA | Durante a pandemia jovens são obrigados a trabalhar e prefeito do RJ nega direito ao B.U

O bilhete único universitário completou neste mês um ano suspenso, no ano de 2020 a prefeitura de Marcelo Crivella aproveitou da pandemia para suspender o bilhete único universitário, usando como justificativas os fechamentos das universidades e a diminuição das aglomerações nos ônibus, para retirar o direito ao bilhete único universitário da juventude que necessita.

Faísca Revolucionária@faiscarevolucionaria

quinta-feira 25 de março de 2021 | Edição do dia

Foto: Divulgação/Emdec

Em fevereiro de 2020, Marcelo Crivella, ex-prefeito do Rio de Janeiro, avançou com restrições que limitavam ainda mais o acesso e direito ao bilhete único universitário, como por exemplo, os estudantes das universidades privadas só teriam direito ao bilhete único universitário se tivesse bolsa de 100% de desconto, ou seja, os milhares e milhares de jovens trabalhadores que não tiveram tempo de estudar para conseguir uma bolsa de desconto, são os mesmo estudantes que passam todo o período da faculdade sendo obrigados a trabalhar para pagar a mensalidade, esses estudantes não tem mais direito ao bilhete único universitário, pois não tem bolsa com 100% de desconto.

Segundo a prefeitura do Rio de Janeiro, essas medidas estavam sendo aplicadas devido aos números de fraudes no requerimento ao bilhete único, no entanto, não se sabe até hoje ao certo a quantidade de números de fraudes. Claramente uma manobra para retirar o direito do bilhete único universitário de uma juventude que além de estudar, são jovens trabalhadores que preenchem os postos mais precários de trabalhos e no dia-a-dia gastam um valor alto nas passagens de ônibus enquanto as grandes empresas de transportes continuam ganhando rios de dinheiro com isso.

Retirar o bilhete único como forma de combater a propagação do vírus nos transportes públicos, foi uma grande falácia do ex-prefeito Crivella e que o atual prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, mantém até hoje. Todos nós sabemos que os transportes públicos seguem excessivamente lotados em um cenário que a cada 32 segundos uma pessoa no país morre com coronavírus. Durante a pandemia muitos jovens trabalhadores de telemarketing, shoppings, restaurantes e trabalhadores de aplicativos foram obrigados a trabalhar sem direito ao isolamento social, expostos cotidianamente ao vírus. Além disso, as quatros passagens garantidas pelo bilhete único universitário, hoje são pagas com o dinheiro do suor e a exposição da própria vida dos jovens trabalhadores durante toda essa pandemia.

A UEE- União estadual dos estudantes buscam a liberação do BU com o prefeito Eduardo Paes com reuniões em quatro paredes fechadas, porém, o que de fato vai garantir nosso direito ao bilhete único universitário, é uma mobilização construída pela base com atos de ruas exigindo nosso direito ao BU. Por dia um jovem que paga quatro passagens, no mês é gasto o valor total de R$330,00 em uma realidade que índice da fome e miséria só aumentam. Mais do que antes, as direções das principais entidades estudantis como a UEE e UNE precisam organizar um plano de luta com mobilizações reais construídas nos locais de estudos com os estudantes.

É preciso ir na raiz do problema da precarização dos transportes públicos, para isso temos que arrancar das mãos dos grandes empresários os lucros exorbitantes garantidos pelos valores altíssimos das passagens. Defender a estatização dos transportes públicos, sob controle dos trabalhadores e usuários. E além do retorno do bilhete único universitário, garantir bilhete único a todo jovem negro e pobre que necessita, pois a juventude moradora de outros municípios da baixada são excluídos desse direito. Nossos direitos não podem ser negociados, pelo retorno imediato do bilhete único universitário.




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