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SÃO PAULO | Dória vai torrar 100milhões em publicidade! "Gestão" é pura privatização e marketing

Doria foi eleito prometendo ser "gestor". Para a população quer privatizar tudo, para sua autopromoção quer gastar R$ 100 milhões dos cofres públicos. Eis a "gestão" nas mãos dos empresários.

quarta-feira 8 de fevereiro de 2017 | Edição do dia

A gestão do prefeito João Doria (PSDB) vai contratar duas agências de publicidade para elaboração de projetos e campanhas da Prefeitura de São Paulo. A estimativa é de que as contas recebam até R$ 100 milhões por ano de recursos para ações de comunicação e propaganda institucional em internet, rádio, TV e mídia impressa. Essa notícia foi veiculada por grandes meios de comunicação como o Estado de São Paulo e a Revista Exame.

No dia 23 de fevereiro, a Secretaria Municipal de Governo fará uma audiência pública para colher informações e sugestões que possam ser utilizadas na elaboração do edital de concorrência pública, ainda sem data para ocorrer.

Os contratos podem ser prorrogados por até cinco anos, de acordo com a lei de licitações (8.666/93). Em pouco mais de um mês de gestão, Doria já criou mais de 20 slogans relacionados a ações e programas implantados pela sua gestão. Os carros-chefe de seu marketing de autopromoção são o Cidade Linda, de zeladoria urbana e é claro, destruição de arte urbana, e o Marginal Segura, que aumentou os limites de velocidade nas marginais do Tietê e do Pinheiros, causando graves acidentes logo nos primeiros dias de sua implementação, sem a existência das prometidas ambulâncias.

Até agora, o tucano tem feito a publicidade desses programas pessoalmente em seu perfil no Facebook. No lugar de sua equipe de Facebook ele quer torrar dinheiro nesse marketing, uma fortuna. Para se ter ideia da grandeza do valor, o orçamento da prefeitura prevê gastos de R$ 140 milhões em uniforme e materiais escolares, um valor comparável ao que quer gastar em marketing, em sua auto-promoção.

Doria tem feito propaganda gratuita de empresas em suas redes sociais, diz querer homenagear as empresas que estão pagando por alguns serviços e assim ajudado a prefeitura a economizar. No entanto, essas ações não têm acontecido após algum tipo de certame público. Ele convida a empresa amiga e pronto. Um tipo de ação ilegal, mas o ministério público paulista, sempre complacente com o tucanato, parece não ver.

Doria foi eleito com um discurso de que não era político mas “gestor”. Sua plataforma de governo envolve privatizar tudo que possa ser privatizado, as creches, as farmácias e deve anunciar brevemente a venda do Ibirapuera, para terminar de dar uma cara cinza a sua gestão. Porém, para o marketing não, para sua autopromoção ele quer dinheiro público e torrar uma fortuna nisso.

Essa é a cara da política nas mãos dos empresários. Entrega-se serviços públicos para empresários lucrarem, são estabelecidos esquemas com “empresas amigas e gestoras” sem sequer realizar concorrência e para a autopromoção mundos e fundos. Para a saúde, educação não. Essa política para os empresários tem sua cara mais cinza e privatizada com Doria, mas é também a política que o PT implementava, ajudando os empresários de ônibus, entre outros. Por isso o Esquerda Diário levantava nas últimas eleições a necessidade de se opor à direita dando uma luta consequente, levantando as bandeiras do anticapitalismo, como fez a editora do Diário, Diana Assunção que foi candidata a vereadora do MRT pelo PSOL. E hoje é ameaçada pelos apoiadores de Doria e Bolsonaro por continuar denunciando sua política privatista e para benefício dos empresários.

Com informações da Agência Estado




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