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VIOLÊNCIA POLICIAL | Doria quer mais sangue nas ruas com guarda civil com armamento da PM

"A melhor arma para utilizar em multidão, na cidade, é a de munição .40” Um dos motivos para a mudança, segundo o secretário de Segurança Urbana, coronel José Roberto R. de Oliveira, é que a .40 tem maior stopping power, ou seja, maior poder de deter um oponente com um único disparo.

terça-feira 4 de julho de 2017 | Edição do dia

A gestão João Doria (PSDB) quer armar a Guarda Civil Metropolitana (GCM) da cidade com munição .40, calibre usado pelas Polícias Militar e Civil de São Paulo. Para realizar a troca, a Prefeitura deve pedir autorização ao Exército na próxima semana, segundo afirmou ontem o secretário de Segurança Urbana, o coronel da PM José Roberto Rodrigues de Oliveira.

Hoje, os cerca de 6 mil membros da GCM já usam revólveres de calibre 38 ou pistolas 380. Mas ontem o secretário afirmou, durante a inauguração da reforma dos Arcos do Jânio, que "A melhor arma para utilizar em multidão, na cidade, é a de munição .40” Um dos motivos para a mudança, segundo Oliveira, é que a .40 tem maior stopping power, ou seja, maior poder de deter um oponente com um único disparo.

Historicamente, o uso de armamentos mais potentes e a ampliação de atividades dos GCMs leva ao risco de, como dizem inclusive os críticos da própria Secretaria de Segurança Pública, guardas-civis mais bélicos, mais voltados ao confronto e que realizam “funções da PM”.

Claramente a medida visa aumentar a força do contingente repressivo da cidade elevando a guarda municipal ao nível de PM. Em diversos municípios da grande São Paulo, como Carapicuíba e Barueri, a guarda civil inclusive é reconhecida como mais violenta que a PM na sua atuação nefasta nos bairros e comunidades onde vivem milhares de trabalhadores.

A polícia brasileira em geral e a de São Paulo em particular é uma das corporações internacionalmente reconhecidas como mais violentas do mundo segundo a ONU. Doria ignora esses fatos e busca, com um diálogo de defesa da segurança, aumentar o poderio militar das corporações, o que diretamente resultará no aumento de mortes da juventude negra e pobre nas periferias e favelas.

Com informações da Agência Estado.




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