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CORONAVÍRUS | Doria nega testes e leitos ao povo e manda a polícia prender quem quebrar a quarentena

sexta-feira 10 de abril de 2020 | Edição do dia

O governador de São Paulo, João Doria, diz que as pessoas que realizassem “aglomerações” nas ruas seriam primeiro advertidas a voltar à suas casas, e caso insistam em quebrar a falsa quarentena do governador – no qual muitos trabalhadores têm de escolher o risco de contaminação a passar fome -, a polícia militar de Estado terá permissão de realizar a prisão para assegurar a “quarentena”.

João Doria continua com seu discurso de “gestão racional” da crise do Coronavírus afirmando nessa segunda-feira que a polícia militar do Estado de São Paulos, uma das mais assassinas do país – que brutalizou tanto a juventude negra e periférica em Paraisópolis quanto os professores e servidores estaduais na Alesp, durante a votação da reforma da previdência estadual -, está autorizada a fazer valer a quarentena no Estado.

Não podemos cair na ladainha de Doria de que isto faz parte de um plano de real combater à crise sanitária, pois sequer medidas básicas e completamente necessárias não ocorreram. Faz-se urgente a reconversão e centralização da produção industrial para produção de equipamentos médicos e EPIs, a centralização de toda a estrutura instalada do sistema de saúde, pública e privada, nas mãos do SUS para haver leitos de UTI gratuitos a toda demanda, um real plano de testagem massiva da população para poder orientar de maneira eficiente e racional a quarentena, etc.

Na verdade, a real “gerência” de Doria a crise do Coronavírus se resume a fazer uma disputa política frente ao negacionismo de Bolsonaro, visando as eleições de 2022, mantem os lucros do empresários e banqueiros e a conter a crise social que tem se intensificado cada vez mais no Estado. O plano de combate a crise no Estado de São Paulo tem mais combatido a perde das taxas de lucros da burguesia, durante a quarentena, do que realmente combatido a epidemia e as mortes. Doria tem preferido não pagar os salários de professores no próximo mês e forçando-os a fazer EAD, sem levar em conta na tremenda falta de democratização da internet no Estado, que intensificará ainda mais desigualdade educacional; atrasa o “vale merenda” a milhões de crianças; a seu mando o TST caça liminar que assegure EPIs aos trabalhadores do Metro de São Paulo, etc.

A política de Doria, outros governadores e do presidente Bolsonaro é de preparar nossas covas – como fica bem claro na encomenda de milhões dessas pelo governado – e usar sua polícia assassina para conter qualquer expressão de descontentamento ou mobilização dos trabalhadores e população pela crise sanitária e econômica que passamos. Não podemos ter nenhuma confiança tanto nos governadores, Bolsonaro e Militares.




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