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DIREITO DE GREVE | Dória e Justiça cobram multa de R$ 5 milhões a sindicatos que paralisaram no 15M

Desrespeitando o direito de greve previsto em constituição, o prefeito de São Paulo busca criminalizar a forte paralisação de ontem porque ameaça o projeto de reforma da previdência. Razão primordial para isso: medo da classe trabalhadora.

quinta-feira 16 de março de 2017 | Edição do dia

Com o intuito de punir trabalhadores e sindicatos por lutar contra a reforma da previdência, o prefeito de São Paulo, João Dória, foi à justiça e afirmou ontem (15) que vai fazer com que os sindicatos do transporte da capital paulista paguem uma multa de R$ 5 milhões por cada hora de paralisação.

O ônibus de São Paulo, junto ao metrô, paralisaram durante horas o serviço na capital, mostrando a força que possuem os trabalhadores do transporte público. Um dia antes, o prefeito foi à justiça exigir a suspensão da paralisação e que fosse mantido no mínimo 70% da frota circulando. Agora ele quer ir até o final na cobrança, uma vez que muito mais do que 30% da categoria parou.

A única razão por trás disso é o fato de Dória, seu partido e os empresários que o financiaram serem a favor da reforma da previdência. Milionário, o tucano se distingue da larga maioria da população trabalhadora que, se aprovada a reforma, vai ter que trabalhar até morrer ou morrer trabalhando. Afinal, a conta bancária do prefeito, fruto da exploração de tantos outros trabalhadores em suas empresas, o permite se aposentar muito bem…

A questão é que ao buscar punir e intimidar os sindicatos do transporte de São Paulo, com a justiça ao seu lado (13ª Vara da Fazenda Pública, juíza Maria Gabriella Pavlópoulos Spaolonzi), o prefeito desrespeita um dos principais direitos previstos em constituição - o direto à greve. Trata-se de uma tentativa de criminalizar sindicatos e impedir mobilizações futuras. Dessa forma ele visa impedir com que o gigante brasileiro, classe trabalhadora que ontem deu passos importantes na luta contra os ajustes de Temer, possa de fato se levantar e barrar por completo todos os ataques. É disso que Dória, o PSDB, Temer, a justiça e os empresários têm medo, da classe trabalhadora organizada e consciente lutando em defesa dos seus direitos.




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