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ALTA DO DÓLAR | Dólar tem novo record e atinge R$ 4,13

Depois de deixar o dólar inaugurar na terça-feira, 22, o patamar de R$ 4 e fechar no preço mais alto do Plano Real, o Banco Central resolveu adotar uma ação mais contundente nesta quarta-feira, 23. Mas foi insuficiente para impedir a quinta valorização consecutiva, renovando o maior nível desde 1º de julho de 1994.

quarta-feira 23 de setembro de 2015 | 22:23

Depois de deixar o dólar inaugurar na terça-feira, 22, o patamar de R$ 4 e fechar no preço mais alto do Plano Real, o Banco Central resolveu adotar uma ação mais contundente nesta quarta-feira, 23. Mas foi insuficiente para impedir a quinta valorização consecutiva, renovando o maior nível desde 1º de julho de 1994.

A moeda norte-americana terminou o dia em alta de 2,10%, a R$ 4,1350. Nesses cinco pregões em elevação, acumulou ganho de 7,88%. No mês, tem valorização de 13,82% e, no ano até agora, 55,74%. No mercado futuro, o dólar para outubro também trabalhou pressionado e marcava, às 16h38, R$ 4,1480 (+2,14%).

O dólar até abriu a sessão em queda e recuou até a mínima de R$ 4,015 (-0,86%), na esteira da votação, entre ontem e hoje, dos vetos da presidente Dilma Rousseff, que retiravam direitos dos trabalhadores. Os parlamentares mantiveram 26 dos 32 vetos o que acalmou temporariamente o sistema financeiro.

Somado a esse temor, há ainda a preocupação com a perda de rating por mais uma agência, na esteira da Standard & Poor’s (S&P). Vale destacar que uma equipe da Fitch está no Brasil, mas há esperança de que o corte dessa agência, quando vier, seja de apenas um degrau, mantendo o nível de investimento do País.

Em meio a esse quadro negativo e com a alta da moeda no exterior, o dólar virou ainda antes de completar uma hora de negociação e daí foi avançando até a máxima de R$ 4,1440 (+2,32%). Na hora do almoço, quando a moeda estava no máximo do dia, o Banco Central chamou dois leilões de linha, mas nem isso impediu a moeda de subir.

Conforme apontou Leandro Lanfredi em texto neste Esquerda Diário, a situação parece ter vindo para ficar: “A apresentação de um orçamento para 2016 deficitário, as dificuldades do governo para passar algumas medidas no Congresso, as incertezas políticas oriundas de votações no Congresso que aumentam os gastos públicos, as incertezas oriundas da Lava-Jato, a situação de poderosas empresas nacionais atingidas por esta operação como a Petrobrás, Odebrecht, Camargo Correa, bem como a generalizada recessão e queda na produção na indústria são todos cenários “menos atrativos” para entrada de capitais estrangeiros no país, salvo se o Brasil ficar muito “barato” para os estrangeiros, o que ainda está longe de ser o caso em termos de comparação com os países asiáticos ou frente às maquiladoras mexicanas."

Bovespa

Pelo quarto pregão consecutivo, o Ibovespa terminou em baixa nesta quarta-feira, 23, de volta aos 45 mil pontos, patamar em que pisou apenas na primeira sessão de setembro. A queda de ações foi generalizada, com destaque para o tombo de mais de 15% de Usiminas e CSN, muito embora o recuo na casa dos 3% nos bancos tenha também tido força para manter o índice o dia todo com perdas consideráveis.


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