Cotação do dólar atinge R$3,50 nesta quarta-feira (05) e é a maior cotação em 12 anos.
quinta-feira 6 de agosto de 2015 | 02:38
Apesar das recentes quedas do mês passado, o dólar volta a subir e hoje (05) fecha a R$3,50 após o 5º dia seguido de subida da moeda. Entre os cenários de causa está o cenário internacional e a crise política, que se intensifica com as recentes declarações de Eduardo Cunha e Michel Temer.
A possível iminência da subida da taxa de juros americana e a lenta recuperação da economia americana são cenários internacionais favoráveis para o aumento do preço da moeda norte-americana. A taxa de juros mais alta nos EUA faz com que investidores movam seus capitais para a economia norte-americana, esperando cenários mais favoráveis que o brasileiro.
Outro fator que colabora para o aumento do dólar frente ao real, é a crise política que vive o Brasil. Ontem (05) Michel Temer declarou que “Não tenho dúvida de que [a situação do país] é grave, e é grave porque há crise política se ensaiando, há uma crise econômica precisando ser ajustada”. A crise política chega a tal ponto, que Eduardo Cunha em jantar com a oposição e parte da base aliada, dividiu entre os partidos da ordem os comandos das próximas CPI’s, do qual o PT nem PC do B não participaram, e que o próprio PT, com medo, pediu para que a reunião fizesse “escolhas responsáveis” para a escolha dos comandos das CPI’s. Outro fato que colabora para a fuga de capitais é a recente prisão de José Dirceu, abalando ainda mais a já instável situação política.
Análises como as da Credit Suisse já preveem um dólar de R$ 3,60 até o final do ano e R$ 4,00 até o fim de 2016, fruto da queda dos preços das commodities, da instabilidade política e da recuperação americana. Outras análises, no entanto, já consideram um dólar de R$ 4,00 um cenário possível ainda para este ano.
