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PORTO ALEGRE | Divisão dos atos em Porto Alegre só agrada Sartori e Marchezan

A manifestação convocada pelas centrais sindicais para a manhã de terça-feira (10) em Porto Alegre se dividiu e perdeu força. A justificativa das direções do Simpa e do CPERS foram reuniões de negociação com os governos, que não resultaram em nenhuma avanço nas pautas das greves.

terça-feira 10 de outubro de 2017 | Edição do dia

Trabalhadores em greve e apoiadores se concentraram no Paço Municipal, na Secretaria Estadual de Educação e no Palácio Piratini. Enquanto os atos se dividiam, era possível ouvir trabalhadoras e trabalhadores se perguntando: por que dividir?

Na Secretaria de Educação, para onde a direção do CPERS mandou os ônibus vindos do interior, professores, alunos e comunidade escolar também se perguntavam: não ia sair da prefeitura? Será que todos vão vir até aqui?

A convocação das centrais sindicais para um ato unificado em apoio à greves se transformou em três concentrações diferentes e muito mais enfraquecidas. Os trabalhadores em greve e apoiadores acabaram espalhados pela região central da cidade.

A direção do CPERS justificou a divisão com uma audiência com o governo, que ocorreria na SEC. A própria direção saiu derrotada da reunião, mostrando a que a divisão não serviu para pressionar o governo. Ao contrário, acabou enfraquecendo o movimento.

No Paço Municipal o Simpa se concentrava junto aos servidores do município, trabalhadores da Carris e apoiadores. Diversos professores com bandeiras do CPERS chegaram e se somar na concentração na prefeitura, até que as direções dos sindicatos anunciaram no carro de som que a manifestação dos trabalhadores ia "ter que se dividir".

A justificativa da direção para que os municipários não se somassem à marcha dos professores era também uma reunião com o governo Marchezan, onde as pautas dos trabalhadores do município também não avançaram.

Um terceiro grupo de professores e servidores estaduais vindo da região metropolitana se concentra na Praça da Matriz, em frente ao Palácio Piratini, para onde foi o ato da SEC depois da derrota na audiência com o governo.

De forma coordenada ou não, as reuniões com os governos foram as grandes justificativas da divisão da manifestação desta manhã em Porto Alegre. As direções das centrais, do CPERS e do Simpa aceitaram passivamente essa divisão, que enfraqueceu muito o que poderia ser um ato histórico de unidade entre municipários e servidores estaduais para fazer Porto Alegre tremer contra Sartori e Marchezan.

Com essa divisão, as direções das categorias não se mostram interessadas em construir uma unidade real para vencer. Da mesma forma as centrais sindicais, bastante "sumidas" na manhã de hoje, também não colocam sua força para construir essa unidade.

A unidade das categorias em greve é chave para vencer Sartori e Marchezan. É preciso pressionar as direções para isso, organizando as bases com esse objetivo. Exigir também das centrais sindicais que convoquem e construam uma greve geral no Rio Grande do Sul retomando o caminho aberto pelo dia 28 de abril e unificando forças contra Sartori e Marchezan.




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