sexta-feira 22 de abril de 2016 | Edição do dia
A presidente Dilma Rousseff embarcou na manhã desta quinta-feira para os Estados Unidos, onde vai assinar o Acordo de Paris sobre o clima, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU). Assessores do Planalto afirmam que Dilma aproveitará o discurso na ONU para "denunciar o golpe". A fala será às 9h40 desta sexta-feira (22), horário de Brasília.
Dilma deve conceder em Nova York pelo menos duas entrevistas à mídia estrangeira, para a qual pretende relatar que a democracia "está em perigo" no Brasil. O Movimento Vem Junto, pró-impeachment, está organizando um protesto contra Dilma na cidade norte-americana.
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) criticaram nesta quarta-feira, 20, a possibilidade de a presidente Dilma Rousseff usar a viagem que fará aos Estados Unidos esta semana para defender que o processo de impeachment em curso é um golpe contra a Constituição, como já viemos relatando em outros artigos.
O impeachment, que traz um cenário de imprevisibilidade preenchendo de incertezas os interesses dos grandes monopólios em investir no país, principalmente no que concerne a luta de classes, é hoje visto com bastante cautela pela imprensa mundial quando esta busca tratar do tema, inclusive com várias críticas deste processo presentes nos jornais das grandes finanças como viemos colocando aqui e aqui. Com os acontecimentos rumando à conclusão do golpe institucional, os jornais mundiais tratam de fazer política lançando hipóteses estratégicas ao provável novo governo, mas também denunciando a sujeira toda da corrupção pela qual o próprio governo da oposição está envolvido dos pés à cabeça.
Estaria, então, alarmada a oposição de direita do país e o "Partido da Mídia" com o possível discurso de denúncia da presidente contra os setores que hoje desbravam o golpe institucional que estão sendo protagonistas?
Antes da previsão das contradições de um futuro governo, hoje ainda é possível e necessário lutar contra o golpe, os golpistas e os ajustes de todos governos. O sucesso e força desta luta determina não só a vitória do golpe, mas com que força a classe trabalhadora e a juventude se localiza para enfrentar uma situação na economia e na luta de classes que pode se acirrar. Por isto é crucial apoiar e ajudar cada luta chegar a ser vitoriosa, a mais emblemáticas delas, neste momento, é dos professores e estudantes do Rio contra os ajustes.
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