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ECONOMIA NACIONAL | Dilma quer cortar mais R$15 bilhões do orçamento

A decisão sobre o bloqueio adicional de verbas será tomada até esta quarta-feira, prazo final para divulgação do Relatório de Receitas e Despesas, documento no qual o governo apresenta uma avaliação atualizada do Orçamento.

terça-feira 21 de julho de 2015 | 23:30

De acordo com fonte da equipe econômica do governo, mesmo com o contingenciamento de R$15 bilhões, além dos R$69,9 bilhões anunciados em maio, ainda é possível que não haja o suficiente para o cumprimento da meta do superávit primário do ano.

De um lado, o Ministério do Planejamento tem defendido a redução da meta de superávit primário para apresentação de um alvo crível em momento de grande restrição fiscal. Por outro lado, o Ministério da Fazenda, com Joaquim Levy à frente, se nega a alterar a meta, por acreditar ser esse um parâmetro que tem assegurado a adoção de medidas severas de controle de gastos públicos.

A questão vai ser decidida pela presidente Dilma Rousseff, que vai arbitrar entre a posição do Planejamento e da Fazenda.

Uma das possibilidades de reforço de caixa em estudo é a venda a bancos privados da folha de pagamento dos servidores federais e receitas a serem recebidas com a abertura do capital da Caixa Seguros e do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB).

A adoção desta agenda econômica privatizante, que passa pelas constantes reuniões dos Ministros de Dilma, Joaquim Levy e Michel Temer, com empresários em Nova Iorque, ou os recentes leilões de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos para arrecadação de fundos, mostra como o PT está continuando as políticas neoliberais dos 90.

"Como se já não bastasse os cortes na educação e saúde, agora o governo Dilma quer privatizar a folha de pagamento dos servidores federais e abrir o capital de seguradoras" denuncia Marcelo Pablito, diretor do Sintusp, que completou: "Nós trabalhadores não podemos pagar pela crise, é preciso organizarmos o setor da esquerda anti-governista para barrar os ajustes, cortes e demissões".


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