quinta-feira 24 de setembro de 2015 | 00:00
FOTO: Pedro Ladeira/Folhapress
Como parte das movimentações da reforma ministerial, Dilma Rousseff reuniu-se com lideranças do PMDB ontem pela manhã para tentar chegar a um acordo de nomes do PMDB para a reforma ministerial. Ao que tudo indica, o Ministério da Saúde será oferecido a um dos nomes indicados pela bancada: Marcelo de Castro (PI), Manoel Júnior (PB) ou Saraiva Felipe (MG).
Caso se confirme essa movimentação, parte fundamental política da reforma ministerial de Dilma Rousseff seria aumentar ainda mais (relativamente) a força do PMDB no governo, já que além de manter as pastas de Agricultura, Minas e Energia e Turismo, ainda teria as pastas de Infraestrutura e a importante pasta da Saúde.
Com isso, o governo Dilma Rousseff busca se blindar da conjuntura de impeachment e dos pedidos que serão anunciados na próxima semana, declarou Eduardo Cunha, presidente da Câmara de Deputados.
A estratégia do governo do PT tem sido fazer todas as movimentações necessárias para manter e aprofundar o ajuste fiscal contra os direitos dos trabalhadores, o que inclui aumento de impostos, mas buscar alguma governabilidade fazendo enormes concessões de fatia do poder para o PMDB.
A votação dos vetos de Dilma ontem no congresso, mantendo 26 dos 32 (todos os que foram deliberados ontem) expressa que o governo ainda tem sido um artífice fundamental para o ajuste fiscal e os amplos ataques que tem recebido os trabalhadores, mantendo o apoio dos bancos e empresários e uma dose de estabilidade, na medida em que consegue aplicar os ajustes.
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