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DIREITO AO ABORTO ARGENTINA | Diana Assunção: Dia histórico com a aprovação do direito ao aborto na Argentina

Diana Assunção, do grupo de mulheres Pão e Rosas no Brasil e dirigente do MRT, deu declaração sobre a vitória das mulheres argentinas, da maré verde pela legalização do aborto, em dia histórico.

quinta-feira 14 de junho de 2018 | Edição do dia

DIA HISTÓRICO NA ARGENTINA: APROVADO NO CONGRESSO O DIREITO AO ABORTO

Depois de décadas de luta do movimento de mulheres e do "tsunami" imparável das mulheres e jovens trabalhadoras que lotou diversas cidades em todo o país pelo direito de decidir sobre o próprio corpo, a Câmara dos Deputados foi obrigada a aprovar a lei pelo direito ao aborto. Agora a lei vai para o Senado. Isso é resultado da enorme batalha nas ruas para arrancar esse direito elementar contra o obscurantismo da Igreja e da classe dominante argentina. As mulheres lutam em todo o país para decidir sobre seus próprios corpos, e para que não haja mais nenhuma mulher morta por abortos clandestinos. A cúpula da Igreja Católica (que havia negado o direito ao matrimonio igualitário) e os partidos da burguesia (tanto do governo Macri quanto diversos setores do peronismo) querem controlar os corpos das mulheres, o que significa que as mulheres mais pobres e da classe trabalhadora sigam morrendo em função de procedimentos insalubres em abortos clandestinos. Entre os setores minúsculos que negam às mulheres o direito ao aborto, há quem afirme que "se é preciso escolher, que morra a mãe". Esse é o rosto da campanha "pela vida" que hipocritamente levantam aqueles que querem negar às mulheres mais pobres esse direito elementar, de não morrer por abortos clandestinos. Mas as ruas deram seu veredito, e não vão parar até arrancar por completo esse direito. Tenho orgulho do papel que tiveram minhas companheiras e meus companheiros do PTS como parte da FIT, que encheram as ruas com uma poderosa força material, com as agrupaçoes classistas em que mulheres e homens jovens e trabalhadores batalharam juntos por esse direito, junto a Myriam Bregman e Nicolás del Caño, que no parlamento expressam uma voz de independência de classe na luta pelo direito ao aborto contra o capitalismo. Há que desenvolver essa grande força para ir por todos os nossos direitos. É um enorme exemplo do que temos de fazer no Brasil para conquistar na luta o direito ao aborto legal, seguro e gratuito que nos foi negado em nome de alianças com as bancadas religiosas nos anos de governo do PT e que seguem nos negando e atacando pra tirar nossos direitos neste governo golpista de Temer. Façamos como as argentinas!




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